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Michell Foitte

michell_foittehotmail.com

Psicólogo Clínico Gestalt-terapeuta

CRP 12/07911


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Miró

Quinta, 01 de outubro de 2015

 

Como seria essa mulher de fato? E não somente como um traço do comportamento dela?

Provavelmente não há antagonismos, nem diagnósticos, apenas uma provocação. Sim... Provocação. É somente uma questão de nomenclaturas, sem represálias ou culpas.

Mulher em água forte, tracejado preto e grosso, olhos vermelhos.

Colocada em cavaletes?

Não, cavaletes não.

Não há porque querer reverter o irreversível. Modificar o rumo naturais das coisas. Haverá respingos, instabilidades. Tudo pode acontecer de bom e de ruim.

E o que é isso ali... Bem próximo da...?

É uma aranha!

Aranha?

Uma aranha que arranha a aranha dela. Entendeu?

Agora compreendi. (risos) A viúva negra...

Não, não... Acho que não é eufemismo, é uma vulva negra mesmo.

Ahm... Com suas várias pernas... Longas pernas tentaculosas. Mas é tão estranho...

Sim. Causa uma estranheza. São quase rabiscos que beiram ao infantil, mas, ao mesmo tempo...

Tem razão, é despojado, contem uma verdade.

Isso, uma verdade.

Aparentemente pueril, é algo que não diminui o desejo. O encanto. É o mistério que soa como uma grande exatidão. Essas coisas mesmas trazidas à tona, como essas três madeiras amontoadas na ratoeira coberta pela fusão do bronze.

Ciclos juvenis. Triciclos.

Sei lá, está mais para alguém que faz uso de tricíclicos...

Mas é justamente isso!

O quê?

Não percebe... O fracasso.

E o que tem haver o fracasso com a obra de Miró?

O perfeccionista, ou melhor, o portador do perfeccionismo está sempre com medo do fracasso, já que denunciaria uma cisão no modo deste ver o mundo.

Falou agora o mister perfeição.

Sarcasmo seu. (risos)

É o dia a dia contigo!

Tá... tá... tá... Vamos ver outro quadro.

Fantástico, Femme dans la nuit. Incrível. Há um colorido vivaz, um jeito que dá sentido para alguma coisa que está sempre se evoluindo.

É a exatidão de algo. Sem cavaletes!

Sim, sem cavaletes. Feito no chão mesmo. Assim como é o lugar onde as crianças residem nos seus primeiros anos de vida, onde dão os primeiros passos, brincam e transformam os seus mundos em algo superior. Do chão onde germinam as sementes.

(...) O que conta é a semente.



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