Dr. José Kormann (Histórias da História)
Historiador
10. César até taxista foi
Grandes homens sempre são grandes, não por acaso, mas grandes porque grandes se fizeram. Não é à toa que Napoleão Bonaparte dizia que "meias medidas e meios desejos demonstram apenas meio homem". Antes de ser grande é fundamental que se tenha grandes pensamentos, lutas gigantescas e um profundo amor ao próximo, mas o próximo mais próximo é sempre nossa própria família.
Em Canelinha César trabalhava como gerente do Sesi durante o dia, incluindo sábados. À noite frequentava suas aulas. Nunca parou de estudar, isso lhe era muito importante. E vejam só: com suas cuidadosas economias de vida alegre, mas bem equilibrada, comprou um fusquinha e com ele, nos finais de semana e feriados, trabalhava como taxista. Qual é o gerente de qualquer coisa de hoje, e especialmente jovem, que teria a coragem de fazer o que ele fez?
Mas, ó, maravilha! Com o dinheiro que assim ganhava, pagou sua faculdade e comprou um estúdio fotográfico e o deu de presente a seu irmão Valter José, que, até hoje, devidamente atualizado, com ele trabalha fazendo sua vida financeira.
Mas a luta não parou por aí. Com a morte de seu pai, o que lhe foi um grande baque, ele, César, assumiu a família com toda responsabilidade de jovem com juízo de adulto. Não parou de cuidar, na qualidade de gerente, do Sesi de Canelinha e concluiu o seu primeiro curso superior, o de Geografia e, mais uma vez, passou a ser professor no período noturno para o Ensino Médio, por dois anos. Depois, por opção própria, ficou somente com o Sesi.
Em 1984, Mário César Pacheco foi transferido, como gerente, para Tijucas, Era um grande supermercado junto à Cerâmica Porto Belo. Mais uma vez César pôde aprender, e muito. Aproveitou a oportunidade e saiu-se otimamente bem da nova incumbência e isso lhe valeu mais oportunidades: cada passo bem dado torna o seguinte mais proveitoso.
11. César em São Bento do Sul, a primeira vez
Atanásio Manoel dos Santos, diretor do Sesi, avisou, de sopetão, a Mário César Pacheco que ele foi escolhido para ser o gerente da Cozinha Industrial de São Bento do Sul. Era um novo e grande desafio, já que de cozinha, até aí, era-lhe tudo a mais completa novidade. Mas homem que é homem não corre da parada - enfrenta, luta e vence.
Recebeu a oportunidade de primeiro fazer um estágio na Cozinha Industrial de Joinville até dezembro de 1986. E foi o que ele fez com todo proveito possível. Foi para César um grande e novo desafio. Fez novas amizades e conheceu bastante a maior cidade de Santa Catarina, Joinville.
Ano seguinte foi inaugurada a Cozinha Industrial de São Bento do Sul e só então ele conheceu e muito gostou desta linda cidade com seu povo tão bondoso. Em São Bento passou a trabalhar com as empresas Oxford S/A, Rudnick, Condor S/A, Serraltense, Metalúrgica Wilhelm e Wind, Mecânica Neicar, etc. Todos os meses ele promovia uma reunião com os representantes dos Recursos Humanos das empresas para discutir a melhor maneira de atendê-las. O objetivo era bem servir.
César lembra-se com carinho dos muitos que o incentivaram - entre eles cita com respeito e admiração o Sr. Gilberto Pereira da empresa Rudnick. (Continua próxima edição)