Dr. José Kormann (Histórias da História)
Historiador
Mário é aquele profissional que faz alguns quilômetros extras, ou seja, dá muito mais de si do que simplesmente cumprir o seu dever, mesmo que bem cumprido. É daqueles que sabem muito bem que na vida não basta simplesmente ser bom, mas é preciso ser sempre muito bom, ser sempre melhor, buscar, sem fim, sua própria perfeição, ultrapassar os singelos limites estabelecidos pela obrigação do mero dever alcançado por seu salário, que, mesmo sendo bom, é sempre ainda bem parco.
Além de ser eficiente contador em célebre empresa, é também professor universitário que ao dar suas aulas da matéria específica, ministra também aulas de motivação pessoal. Quantas vezes, aos sábados, reúne seus alunos e convida alguém especial da comunidade para o ajudar nesta tarefa e por vezes nas próprias aulas normais o faz. Assim, além de ensinar o próprio da aula, vai além e também colabora para que cada aluno, mais facilmente, encontre seu caminho nos meandros da vida, o que nem sempre é fácil. Trabalhou também com pessoal da Melhor Idade, buscando sempre mais felicidade e alegria de viver que pode ser encontrado em qualquer fase da vida.
Mas quem realmente é este Mário Nenevê? É o mais velho de treze irmãos. Filho de Otávio e de Cristina Telma Nenevê. Nasceu em Bateias de Baixo, município de Campo Alegre. Estudou seus primeiros anos escolares na localidade onde nasceu, depois em Apiúna, no município de Indaial, com os Padres do Verbo Divino - e depois estudou no seminário dos mesmos padres em Ponta Grossa, Paraná, em companhia com estudantes do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e de São Paulo. A turma estava dividida em pequenos, médios e grandes. Havia seis aulas por dia e um período de estudo, chamado estudo sério. Um dia por semana trabalhavam numa chácara. Havia muito rigor neste internato, como em todos da época. Nessa época o apelido do Mário era Mazola, por causa do jogador da seleção de 1958.
Deixou seus estudos e foi trabalhar em Curitiba, no Armazém Curitibano, como entregador de compra a bicicleta. Depois trabalhou na mesma cidade, numa fábrica de colchões. A seguir veio a São Bento do Sul e foi trabalhar como auxiliar de produção na Klimmek, onde trabalhou por seis meses. Quis servir o exército, mas foi recusado. Começou a estudar no Colégio Comercial São Bento e o diretor do estabelecimento lhe arrumou em prego na Auto Comercial Roesler como lavador e engraxador de caminhões, mas ali passou para o setor de peças, depois para a recepção e finalmente escritório. Acabou passando para o escritório da Móveis Rudnick como contador. Fez curso superior em Joinville, para onde, em grupo, se deslocavam toda noite pela estrada empedrada. Hoje é contador na Rudnick, professor universitário, articulista no jornal Evolução e grande benfeitor da sociedade. É prata da casa.