Tipos de Lâmpadas (2)

No artigo anterior vimos os principais conceitos relativos aos tipos de lâmpadas que utilizamos. Com isso, podemos hoje comparar as lâmpadas. Neste artigo, veremos os grupos de lâmpadas mais utilizados para iluminação de interiores. No último artigo desta série, veremos a utilização do LED e das fibras ópticas.

Temos três principais grupos: incandescentes, halógenas e fluorescentes, sendo que diferenciam-se, principalmente, pelo sistema de funcionamento e eficiência energética. Algumas lâmpadas variam também a tensão que utilizam: lâmpadas de tensão de rede são aquelas conectadas diretamente na rede elétrica, utilizando a tensão de 110/220V; lâmpadas de baixa tensão utilizam, geralmente, 12V, sendo necessária a utilização de um transformador. 

As incandescentes funcionam através da passagem da corrente elétrica pelo filamento, aquecendo-o até torná-lo incandescente. Sua eficiência luminosa é baixa, em torno de 10 a 15 lumens/watt, sendo que apenas 10% da energia que consomem é transformada em luz - o restante é transformado em calor, aumentando a carga térmica do ambiente e, possivelmente, gerando maior consumo de energia com ar condicionado. Apresenta um excelente IRC, próximo de 100 (o mesmo da luz solar) e tem sua temperatura de cor na faixa de 2.700K, gerando uma luz amarelada. Por trabalhar em tensão de rede, não necessita de aparelhagem auxiliar e apresenta um baixo custo inicial. Em contrapartida, sua vida útil é bastante curta - em torno de 1.000h. A variante "espelhada" possui refletor interno para melhorar o direcionamento da luz que seria emitida para os lados ou para cima. Resulta em uma luz mais concentrada e com maior intensidade e, por apresentar fachos bem definidos, utiliza-se para iluminação dirigida. Por ser considerada ultrapassada em termos tecnológicos e energéticos, está em vias de "extinção".

As halógenas podem ser consideradas "incandescentes melhoradas". Apresentam o mesmo funcionamento básico, mas são incrementadas com gases halógenos no interior do bulbo, o que gera um ciclo regenerativo. Por isto, sua vida útil é de 2.000h a 5.000h. Sua eficiência luminosa varia em torno de 12 a 28 lumens/watt. A temperatura de cor é de  3.000K e seu IRC próximo a 100. Dependendo da lâmpada, trabalham em tensão de rede ou em baixa tensão, sendo mais eficientes quando em baixa tensão, embora, neste caso, necessitem do transformador. Apresenta uma luz mais brilhante e uniforme durante toda a vida, o que permite realçar melhor as cores e objetos. Temos vários tipos: bipino, que é a menor lâmpada de tensão de rede; lâmpadas "PAR", que são refletoras, ideais para iluminação dirigida e de destaque, devido ao controle do facho e do brilho da luz; lâmpadas AR, que possuem refletor facetado, proporcionando fachos de luz bem definidos, sendo perfeitas para iluminação de efeito a médias e longas distâncias; lâmpadas palito, utilizadas como luz difusa, clara e brilhante com elevado fluxo luminoso; e as dicróicas, que com seu refletor tem a propriedade de desviar parte do calor para trás, reduzindo em até 60% a radiação térmica emitida pela lâmpada.

As fluorescentes emitem luz pela passagem da corrente elétrica através de um gás. Podem ser tubulares ou compactas. Apresentam uma elevada vida útil, variando de 6.000h a 60.000h dependendo da lâmpada, e uma alta eficiência energética, variando de 40 a 100 lumens/watt. Várias lâmpadas compõem este grupo, subdividido nas compactas e tubulares. Seu IRC tem melhorado ao longo do tempo, e hoje já chega entre 80 e 85. Sua temperatura de cor abrange desde a faixa dos 3.000K até a faixa dos 6.200K. Funcionam, em sua maioria, em tensão de rede, mas necessitam de um reator para dar o "start".  São lâmpadas bastante versáteis, que se adaptam a diversas situações.