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José Kormann, Dr. (Histórias da História)


Dr. José Kormann (Histórias da História)

Historiador


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Prata da Casa - Eliana Kerecz Grahl (continuação)

Segunda, 18 de abril de 2011

Após sete anos residindo em Mafra, para estudar, sempre longe da família e dos amigos, agora, já formada, retornou à querida terra natal - Craveiro.

Mudança de rotina. Novos rumos. Muita alegria neste retorno. O sonho da mamãe e do papai, tanto quanto o dela também, estava realizado: ser professora.

Foi a 1º de março de 1975 que ela assumiu a regência de uma sala de aula. Escola Reunida Cristo Redentor, a escola em que havia concluído o seu curso primário, agora a acolhia como neo-professora. Nesta escola, a maioria das decisões era tomada pelas irmãs religiosas, já que eram elas que desempenhavam o papel de responsáveis.

Eliana, com sua mãe, reiniciou a rotina de outrora, levantar cedo, muito cedo, para fazer o café, tirar o leite das vacas, tratar a bicharada e dirigir-se para a escola, mas agora não mais na condição de aluna, e sim de professora.

Eliana lembra-se bem do primeiro dia de aula. Sala decorada. Cartazes de boas vindas e aniversariantes. O de aniversariantes teve que ser removido antes do início da aula. Motivo: durante seus já idos 12 anos de estudo, não aprendeu a escrever a palavra "aniversário". A professora mamãe entrou na sala da professora filha e de imediato corrigiu, dizendo: “Tire o cartaz antes que mais alguém veja o erro”. Estava escrito: "Feliz aniverssário", ao invés de "aniversário".

Hoje Eliana diz: "Obrigada mamãe! Pelo menos um dia você foi minha professora. Digo isto, pois no decorrer dos meus anos de estudo primário, sendo ela professora, nunca tive o privilégio de ser sua aluna".

Nesta época, além de trabalhar como professora, Eliana auxiliava seus pais na lides agrícolas. Cultivavam de tudo um pouco, mas o que mais produziam era a plantação de fumo. Foi assim que ela conheceu todo processo do cultivo desse produto: desde a preparação do solo até a etapa final, quando o fumo saía do paiol em fardos muito pesados e cujo carregamento para o transporte era muito pesado.

Trabalhar no cultivo do fumo não era fácil. Por conta deste pesado trabalho Eliana contraiu graves problemas de coluna, que, mais tarde, se agravaram - e por isso teve que se submeter a tratamento especial e privar-se de inúmeras atividades de esforço físico.

Eliana também trabalhou em escola isolada: uma só sala para as quatro séries na mesma sala. Com este sistema, Eliana teve que adquirir nova experiência, mas com os alunos do interior, em que o respeito era a tônica, tudo foi fácil.

Aos sábados, após a aula, com auxílio dos pais e alunos, faziam a faxina na pequena escolinha, bem como no pátio e no jardim. Foi também nesta escola que Eliana aprendeu a andar de bicicleta. Seus alunos a ensinaram. Era uma alegria para eles poder ensinar a professora a dominar o medo e a bicicleta. Cada tombo era para os pequenos um susto; pois, com consequência, sempre uma parte do corpo saía lesada. Até que um dia o tombo foi maior e aí ela desistiu.

Na vida são constantes desafios a serem vencidos. Ela, naquele tempo, ainda não imaginava que, futuramente, haveria grandes problemas a vences para os quais os atuais eram apenas um mero preparo.



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