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Luciana Albino


Arquiteta & Urbanista

CREA/SC 105541-3


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A iluminação dos ambientes

Segunda, 18 de abril de 2011

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 "No princípio, criou Deus os céus e a terra. A terra era sem forma e vazia; e havia trevas na face do abismo, mas o Espírito de Deus pairava sobre a face das águas. E Deus disse: "Fiat Lux!" E a luz se fez". (Gênesis, capítulo 1, versículos 1 a 3). A evolução das atividades humanas está intimamente ligada à possibilidade de iluminar os espaços habitados. Apenas a partir da descoberta da técnica do fogo foi que os homens conseguiram realizar suas atividades mesmo sem a presença do sol. Com a evolução da tecnologia da luz, a iluminação tomou importância fundamental na constituição dos espaços.

Quando pensamos em iluminação, talvez primeiro pensemos em uma solução funcional para um correto desenvolvimento de uma tarefa. Mas a iluminação é muito mais do que isso - é ela que nos oferece a experiência do espaço e a sensação da forma, além de poder modificar um espaço visualmente mesmo sem o fazê-lo fisicamente.

Para se conseguir uma boa qualidade de iluminação, é primordial um planejamento luminotécnico através de um projeto específico. E engana-se quem pensa que apenas grandes espaços necessitam de um bom projeto - é na utilização diária que percebemos como uma boa iluminação pode fazer diferença em nossas vidas, tornando espaços como cozinhas, quartos e salas mais agradáveis e econômicos.

E como é feito este projeto? Quais os parâmetros que são utilizados? Acostumou-se a utilizar o famoso "ponto central" em um ambiente, mas ele está muito longe de conseguir atingir os objetivos mínimos de uma boa iluminação. E é a definição destes objetivos que marca o início dos trabalhos. A norma brasileira NBR 5413 estabelece diversos parâmetros mínimos de quantidade de luz, levando-se em conta o tipo do ambiente, tempo de permanência no local, acuidade visual média dos usuários, etc. Tomemos um exemplo: temos que iluminar uma sala de televisão. A NBR estabelecerá quantidades mínimas para aquele espaço e a partir de cálculos específicos descobre-se a quantidade de lâmpadas que serão necessárias para a "iluminação geral" do ambiente.

Observam-se as tarefas executadas pelos usuários: é em um mesmo ambiente que o pai assiste a filmes, a mãe lê livros e a avó faz crochê. Estabelece-se, então, como será feita a iluminação específica: que tipo de lâmpada será utilizada, onde serão posicionadas, se existirão pontos de destaque, etc. Pode-se utilizar uma lâmpada próxima da poltrona da vovó, que apresente uma boa reprodução de cores, para facilitar o seu crochê; uma lâmpada suficientemente clara para a leitura, e uma iluminação mais suave para os filmes. Pode-se ainda, querer dar um destaque especial ao quadro da parede. Posteriormente, posicionam-se os interruptores - onde ficarão e qual ligará cada lâmpada. Desta forma, criam-se "cenas", tornando os espaços mais dinâmicos e mais econômicos: não é necessário ligar toda a carga projetada o tempo todo - quando apenas a vovó estiver na sala, ligam-se as lâmpadas gerais e a da vovó; quando a família quiser assistir um filme usa-se apenas a iluminação indireta, etc...

E pensando desta forma para cada ambiente, conseguimos atingir as tarefas de todos os usuários de um mesmo espaço de forma eficiente, aliando a este conforto uma grande economia de energia.   



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