O investimento feito em uma obra é, geralmente, dos maiores que fazemos em nossas vidas. O tempo de vida de uma edificação é, no mínimo, de 70 anos. Ora, por que então muitas pessoas relutam em contratar bons serviços para a execução de algo que carrega tanto investimento e vai durar por tanto tempo?!
A resposta é simples: fazer uma construção PARECE fácil. Toma-se uma régua, um pedaço de papel e um lápis; rabiscam-se portas, paredes e janelas e eis que surge um projeto. Passa-se para alguém "assinar", aprova-se na prefeitura e contratam-se os pedreiros. E aí surgem os problemas: a porta não cabe onde foi planejada, parede "x" terá que ser demolida, o material que foi comprado a mais e sobrou, o material que foi comprado a menos e faltou... Aos trancos e barrancos a obra ficará pronta, e outros problemas aparecerão: o ambiente que não pega sol, o interruptor que ficou atrás da porta, o banheiro que não apresenta pressão suficiente de água... Mas ainda pode-se pensar: "Apesar dos problemas, um bom dinheiro foi economizado". Nada mais equivocado...
Um bom projeto arquitetônico aliado aos projetos complementares garante a qualidade estética, funcional e econômica de uma obra. O projeto arquitetônico irá se preocupar em melhor utilizar o terreno, aproveitar a posição solar, compatibilizar os fluxos, privilegiar a ergonomia, aliando tudo isso à estética. O projeto estrutural garantirá a estabilidade de toda a edificação. Os projetos complementares serão a base para a instalação dos pontos elétricos e hidráulicos, procurando uma racionalização de uso e economia de materiais. Um cronograma físico-financeiro da obra é elaborado, prevendo o que será gasto em cada fase da construção. Neste caso, a mesma obra sairá por um valor mais baixo e ainda terá um valor agregado, o que significa que, numa venda, obterá um valor mais alto.
Tomemos um exemplo com valores de mercado: Fulano de Tal quer construir uma casa de R$ 100 mil. Fazendo sozinho, terá que pagar, inicialmente, em torno de R$ 1,5 mil para que alguém "assine" o projeto. Começando a construção, em virtude dos problemas já citados, a obra deverá sair por pelo menos R$ 110 mil. E, na venda, este edifício não conseguirá mais de R$ 90 mil, uma vez que não apresenta nenhum valor agregado. Verifica-se então, um prejuízo de R$ 20 mil: R$ 10 mil que foram gastos a mais e ainda R$ 10 mil que se perderam na hora da venda.
Contratando serviços de engenharia e arquitetura, o investimento inicial será de cerca de R$ 5 mil. A obra sairá conforme o planejado, com racionalização na compra de materiais e organização da mão-de-obra. Observa-se, então, o valor final: R$ 90 mil. Isto mesmo, um bom planejamento significou uma economia real. Coloque esta casa a venda e surpreenda-se: o valor será em torno de R$ 110 mil. Ao invés do prejuízo visto no caso anterior, esta obra gerou lucro! Pelo simples fato de apresentar um valor agregado e ter sido construída de maneira racional.
Portanto, na sua próxima obra, não deixe de contratar os serviços corretos. Lembre-se sempre: o barato sai caro!