Este é o termo criado recentemente para definir uma forma de arquitetura que integra plantas à estrutura dos edifícios de forma harmoniosa, homogênea e contínua. Um neologismo que surgiu para designar a fusão entre a vegetação e a arquitetura e dá nome a um elegante jardim vertical criado por um escritório espanhol para uma fachada cega e sem vida de um edifício residencial. A técnica tem um forte impacto ambiental, não apenas pela beleza gerada como pelo bem que fazem ao ambiente, ajudando a reduzir os efeitos da poluição, aumentando as sombras e a possibilidade de produção de alimentos.
O escritório Capella Garcia foi quem implantou este conceito recentemente em um edifício residencial em Barcelona, na Espanha. O edifício apresenta toda a sua estrutura em aço galvanizado e um imenso jardim toma conta de sua fachada, de 21 metros de altura. Visto de longe, o paredão verde de quase 300 metros quadrados de área chega a se confundir com a paisagem arborizada das ruas que cercam o edifício. Cada plataforma de jardim conta com banquinhos, fontes e até um telescópio que permite a observação em detalhes da flora e fauna. Pensando em atrair os bichos da vizinhança, os arquitetos ainda equiparam o jardim com pequenos “abrigos” para aves urbanas. Um sistema de irrigação por gotejamento automatizado monitora o consumo de água e fertilizantes da fachada viva por meio de drenagens programadas. E três jardineiros profissionais são responsáveis pela poda das plantas.
Mas os benefícios vão muito além do efeito estético de adicionar um toque vibrante ao bairro. O jardim vertical ajuda a filtrar as impurezas do ar, protegendo o entorno contra a poluição; controla a temperatura interna dos apartamentos e ainda funciona como um isolante natural de ruídos. E você, não gostaria de morar em um edifício como esse?