Dr. José Kormann (Histórias da História)
Historiador
Cavernas ameríndias em Rio Negrinho
Bugres, índios ou ameríndios. O certo mesmo é ameríndio, ou seja, índios da América. Quando os colonizadores vieram para a região do planalto nordeste de Santa Catarina e sudeste paranaense encontraram nessa região o ameríndio xokleng que eles chamaram de botocudo pelo fato de ele usar pequeno botoque no lábio inferior. Este xokleng havia extinguido outro grupo que por aqui vivia em cavernas. Em Rio Negrinho houve várias delas. Quase todas foram destruídas por aterros, corte de barrancos etc. Em outros lugares algumas delas foram salvas e nelas até se encontraram estatuetas. Ser feliz é estudar o passado e entender o presente e melhor poder preparar o futuro.
Heroico toque de corneta - 1
Isso aconteceu na Guerra do Paraguai (1864 – 1870) na Batalha Campo Grande. Era o final da guerra. O exército paraguaio já estava destruído se lutava só contra velhos e adolescentes que, no entanto, lutavam valentemente. Os brasileiros duvidavam se atacariam ou não, quando a gurizada começou a mandar bala. O comandante brasileiro deu ordem ao corneteiro para dar o toque de avançar. Mas quando este encostou a corneta aos lábios levou um tiro mortal, caiu de bruços, mas antes de morrer virou-se e deu o toque solicitado. Os brasileiros avançaram e venceram. Porque um cumpriu o seu dever, a guerra foi encurtada. Feliz de quem é fiel.
Heroico toque de corneta - 2
Muitos pensam que a Independência do Brasil foi só o Grito do Ipiranga a 07 de setembro de 1822 e pronto, tudo estava acabado, tudo estava resolvido. Não! Houve a Guerra da Independência com muitas mortes. No combate de Pirajá na Bahia o comandante deu ordem de tocar RETIRADA, mas o corneteiro por sua conta tocou AVANÇAR CAVALARIA e os portugueses ouvindo este toque – eles não tinham cavalaria, mas os brasileiros também não - fugiram e quem foge sempre perde. Assim os brasileiros venceram a mais perigosa resistência a sua Independência. Tantas vezes a coragem de um interfere sobre o conjunto todo e acaba mudando a história.
Filosofia de boteco: 6 – Política
Num filosófico bebericar alguém comentou e é certo, sem dúvida: o governo brasileiro está completamente errado. O Governo Federal é tão grande, tão gigantesco que ninguém mais o consegue administrar, seja lá quem for o Presidente. Aliás, são três monstros inadministráveis: o Executivo que quase nada consegue executar; o Legislativo que quase nada de concreto e de bom consegue legislar; o Judiciário que julga coisas de vinte anos atrás. Para isso que não funciona funcionar, deveria haver um Poder Moderador com força de obrigar os três a se entenderem. No entremeio estão os estados e às vezes nem sabe para que, e os municípios vivendo de esmolas.
Dinheiro que se perde é vida que se vai
Se dinheiro é fruto do trabalho físico e mental, trabalho físico e mental é vida acumulada, então dinheiro que se perde é vida que vai para o lixo, num perder sem ter retorno, nunca mais. Se deixar de ganhar já é perda irreparável e perder o já ganho é então a dupla perda; pois o tempo de ganhar que se perdeu e o tempo de obter lucro é que também já se foi, são dois tempos perdidos. Cada ganho é tempo ganho. Quanto mais ganho está acumulado, bem maior é a responsabilidade no cuidado com a vida que já se ganhou e assim muito mais se pode ganhar. Esta vida passa e passa logo. Nesse curto tempo é preciso fazer o bem. Vida e vida em abundância, diz Cristo.
Por que não sou feliz?
Porque sempre ponho a felicidade onde não estou e nunca a coloco onde eu estou. Só é feliz quem põe a felicidade onde ele está e ama o que tem e não o que não tem.