Dr. José Kormann (Histórias da História)
Historiador
Queimados, fuzilados, degolados, enforcados...
Havia um intelectualista que gostava de dizer a peito estufado: para o Brasil pode chegar o comunismo, o nazismo, o fascismo, o maoísmo ou qualquer um dos tantos ismos, pois o povo brasileiro é um povo de boa índole e aqui nada disso vai funcionar. É um desconhecimento total da História do Brasil. Bastaria que se estudasse profundamente apenas o caso da ilha Anhatomirim, como mero exemplo. Até hoje pescadores lá encontram ossadas humanas como é o caso de Adelson João Ocher e Cláudio Alcino Rosa hoje condutores da escuna Marezia sob o comando do capitão Noronha. As diferentes mortes eram segundo o grau de importância do condenado.
Estou aqui só de passagem
Vivia um santo e afamado sábio num tugúrio bem no centro dum oásis. Lá ele era visitado por pessoas que pediam seus conselhos. Um dia foi visitado por um jornalista de um afamado jornal. Primeira das perguntas bobas desse jornalista: mas o senhor, pelo que vejo, não tem móveis em seu rancho? E o sábio retrucou, perguntando: mas e o senhor jornalista, cadê sua bagagem? E o jornalista: estou aqui só de passagem, senhor. E o sábio: Eu também estou aqui só de passagem, rumo à eternidade. De que vale o acúmulo de riquezas, de tantos bens materiais, se aqui estamos apenas de passagem e nada disso transportaremos para o mundo além? Ser feliz é o importante.
Vários camelos transportavam a biblioteca
Na região do Oriente Médio existia um ricaço que amava a sabedoria. Quando viajava pelo deserto com seus camelos seguido de muitos empregados, sua biblioteca o acompanhava em vários camelos, mas certo dia achou isso muito trabalhoso de mais. Chamou vários sábios e mandou resumir sua biblioteca num só volume. Feito o trabalho, o resultado foi um enorme volume que ele levava em suas viagens comerciais que eram muitas. Achou isso também muito trabalhoso. Chamou, mais uma vez, os sábios para que resumissem esse livro numa só frase que ele guardaria em sua memória. A frase, resultante de tudo, deu; “Faze o bem, evite o mal e sê feliz”.
Filosofia de boteco – 3: Liberdade, sem medo
Geralmente os que mais falam de liberdade, são os que, quando no poder, mais temem a liberdade e mais cerceiam a liberdade do próximo. Quase sempre é assim. Na verdade, se olharmos bem, sempre temos muito medo de ser livres e, consequentemente, de dar liberdade. É por isso que tão poucos confiamos nas pessoas. Para ser livre e dar liberdade é fundamental ser corajoso e aprender a confiar nas pessoas corretas. Liberdade exige responsabilidade e responsabilidade é cobrança, especialmente de si próprio. Liberdade é seguir, com toda consciência, as leis moralmente boas, especialmente todas as leis naturais, como a de ser feliz.
Dinheiro é um adubo...
...ele deve ser espalhado e produzir. Enquanto o adubo estiver no paiol ou mesmo em montes pelas lavouras nada fará produzir, mas quando espalhado de modo que as raízes das plantações o possam atingir favorecerá as colheitas cujas plantas foram cultivadas em tempo propício. Dinheiro nos bancos é lucro dos bancos. Dinheiro parado, só perde valor. Dinheiro aplicado, se bem aplicado, faz tudo crescer. É como adubo aplicado na quantia certa, no tempo certo e nas plantas também certas. Não deve haver erros. É uma verdadeira ciência com vida própria. Com pequenas e sábias aplicações crescentes e pode chegar, em pouco tempo, à grandes plantações.
Por que não sou feliz?
Porque sempre ponho a felicidade onde não estou e nunca a coloco onde eu estou. Só é feliz quem põe a felicidade onde ele está e ama o que tem e não o que ele não tem.