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José Kormann, Dr. (Histórias da História)


Dr. José Kormann (Histórias da História)

Historiador


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Por que não sou feliz (XLII)

Segunda, 10 de março de 2014

Com dinheiro, permaneça no ordinário

Quase sempre o extraordinário é perigoso e geralmente dá errado. O dinheiro sempre é fruto natural. Precisa ser plantado, amanhado e madurar. A natureza não dá saltos. Ela é progressiva, processiva e produtiva; sempre lenta e firme, muito orgânica, gradual e natural. Com dinheiro é bem assim. Nada de atropelos, nada de solavancos. É devagar, firme e com calma que se chega bem mais depressa do que o esperado. É cuidar, somar, subtrair, calcular e de cada revés formar um novo ponto de apoio. Todo lucro novo, novo lucro deve dar. Trabalhar é fazer ciência. Ela e o dinheiro são frutos acumulados que podem e devem reproduzir-se. Nada pára: ou cresce, ou morre.

 

Os três dinheiros de Tereza

Corria o século XVI. As obras sociais estavam todas em mãos de religiosos e eram sustentadas por esmolas dos mais ricos e pela ousadia de pessoas extraordinárias. Santa Tereza d’Ávila era uma delas. Um dia ela estava acamada por grave doença.  Chamou a auxiliar e pediu para que ao lado da cama pendurasse um grande mapa e nele mandou marcar várias localidades. Perguntada o porquê disso, ela respondeu que em todos esses lugares fariam obras sociais. Disseram-lhe: Tereza está doente, em caixa só três dinheiros. Como faremos isso? Ela respondeu: Tereza doente e três dinheiros nada fazem, mas Tereza doente, três dinheiros e Deus fazem tudo. Foi feito.

 

Os sem-sem que viram com-com

Coisas do Brasil. Assim não dá para ser feliz. Para melhorar as estatísticas perante a ONU proibiram os adolescentes trabalhar, pegar emprego. Dizem que o lugar deles é na escola. Escola é só meio dia e, além disso, permanecer nela não está fácil. Assim eles ficam pelas ruas ou na internet: sem emprego e sem escola. É assim que eles facilmente viram com-com: com más companhias, com drogas e mais outras coisas ruins, já que “cabeça vazia é a oficina do diabo”, ou “quem está desocupado o diabo ocupa”. Trabalhar corretamente nunca fez mal a ninguém, ao contrário, é educativo. Para ser felizes devemos rebuscar valores reais ao lado de sonhos altaneiros.

 

Si vis pacem, para bellum

É um adágio do Império Romano que, mais ou menos, quer dizer: Se queres a paz te prepare para a guerra. É Brasil, assim não dá para ser feliz: forças armadas sucateadas, bandidos mais bem armados do que a polícia, criminosos presos têm suas famílias amparadas e os vitimados pelos assassinos têm suas famílias desamparadas. Direitos humanos para qualquer delinquente, menos para os que expõem suas vidas na defesa dos outros. Certos dias avisaram a alguns governadores para que não prestigiassem a polícia, pois assim seriam reféns da mesma e agora a sociedade é refém dos bandidos. Se queres a paz te prepare para defendê-la.

 

Cadeia é vida boa?

Não há coisa mais terrível. Só o simples fato de perder a liberdade já, por si, é monstruoso. Viver dias e dias em cela superlotada com tipos de pessoas prepotentes, sem um mínimo de respeito, é quase impossível aguentar. Está tudo muito errado. As cadeias deveriam ser um centro de reeducação e não de corrupção ainda maior. Deveriam ser escolas profissionais, intelectuais e morais, a tal ponto formadoras que ao terminar a pena o sujeito deveria estar apto a reingressas na sociedade. Em cadeias comandadas por facções criminosas que aplicam até pena de morte por entre os presos, é um crime monstruoso que o Estado comete. Deveria ser processado.

 

Por que não sou feliz?

Porque sempre ponho a felicidade onde não estou e nunca a coloco onde eu estou. Só é feliz quem põe a felicidade onde ele está e ama o que tem e não o que ele não tem.



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