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José Kormann, Dr. (Histórias da História)


Dr. José Kormann (Histórias da História)

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PRATA DA CASA - Mário César Pacheco (continuação)

Segunda, 31 de janeiro de 2011

12. César em São Bento do Sul

Foi em 1997 que os supermercados do Sesi começaram a perder a razão de sua existência. Vieram os grandes supermercados particulares que, muitas vezes, conseguiam vender até por preços bem menores do que o próprio Sesi. Foi assim que essa atividade comercial, visando ajudar a diminuir o custo de vida da população, não era mais importante e até mesmo desnecessária. É por isso que o Sesi começou, aos poucos, a desfazer-se de todos os seus supermercados. Foram leiloados, um por um.

Mário César Pacheco, com quase vinte e cinco anos de Sesi, já perto da aposentadoria, resolveu entrar no leilão dos supermercados. Muitos o chamaram de louco. O pensamento de César logo se voltou para o supermercado de São Bento do Sul, mas como este supermercado não saía na relação dos leiloáveis e como ele não queria perder o trem da História, ele tentou Camboriú, Blumenau e Jaraguá do Sul - e não deu certo. Até parece que isso não deveria ser.

Quando, em 1997, surgiu o leilão do supermercado de São Bento do Sul, Cesar resolveu convidar mais um sócio e dessa vez entrar para valer - e conseguiram. Quando já eram dois supermercados, entraram mais dois sócios e hoje já são cinco supermercados Germânia. Este nome o próprio César escolheu.

O começo não foi um mar de rosas; aliás, quando a empreitada é grande e o trabalho continuamente buscando a vitória, o começo - quase sempre - é difícil. Se o começo for fácil, cuidado: o estrondo da derrota pode ser violento.

Sofreram muito. Pouco dinheiro. Estava tudo muito sucateado. Era na rua Antônio Kaesemodel. Era lá que tinha sido o Supermercado do Sesi e a Cozinha Industrial do mesmo. Nos fundos do prédio alugado ficava um rancho onde o pessoal do Sesi guardava as panelas sucateadas. Lá, César e seu colega sócio colocaram um beliche e ali era sua moradia pelos primeiros seis meses.

É nessa hora que se deve ficar muito atento. Sempre acaba por aparecer uma alma boa, santa, um verdadeiro anjo da guarda. Essa pessoa nunca faz grandes coisas, mas o pouco que ela faz, se ouvido e bem compreendido, traz enormes benefícios. Essa bondosa alma, nesse caso, foi um velhinho senhor Monich. Todo dia ele ali passava. Olhava e observava tudo muito bem e depois dizia: "Calma, gente, tudo vai dar certo".

Após três meses de reformas e muito trabalho, inauguraram o primeiro Supermercado Germânia no bairro Colonial, em prédio alugado do próprio Sesi e que agora já faz parte do patrimônio do Germânia. Sempre ainda bastante inseguros, mas também esperançosos, resolveram inovar; pois que fazer igual para apenas ser mais um, isso é indício certo de fracasso. Introduziram as seguintes novidades para o comércio de São Bento do Sul daquela época: 1. Inovaram no horário das oito às vinte horas, de segunda a sábado, inclusive; 2. Movimento de caixa totalmente informatizado; 3. O mais moderno sistema de refrigeração; 4. Introduziram o cheque pré-datado; 5. Grande preocupação com o bom atendimento; 6. Sorteio de prêmios; 7. Ver a concorrência como coisa boa. Mas surgiu um novo pavor: fizeram grande estoque, venderam quase tudo no primeiro mês e quase só receberam cheques pré-datados. (continua na próxima edição).



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