Dr. José Kormann (Histórias da História)
Historiador
12. César no Sesi de Joinville
Após mais ou menos dois anos de intensas atividades em São Bento do Sul, César foi convidado para assumir, em Joinville, a oordenação de toda a área social do maior Centro de Atividades Sociais do Sesi do Estado de Santa Catarina. Foi mais um grande desafio, enorme mesmo. Eram médicos, dentistas, pré-escola, área cultural, esportes de muitas modalidades, etc. Que desafio! Tudo lhe era novidade. Mas quem quer progredir, como toda pessoa deveria querer, cada problema se torna apenas mais um degrau que o universo lhe antepõe para que possa subir cada vez um pouco mais - e foi o que César fez. De cada limão se pode fazer uma limonada.
Por entre toda sua eficiência administrativa que conseguiu realizar, fez novas amizades e, vejam só, aproveitou seu tempo noturno para fazer sua segunda faculdade, a de Administração. Agora ele já possuía dois cursos superiores. Isso para quem começou na fábrica de produção de saltos de tamancos em Canelinha e onde seu serviço, muitas vezes, era ir ao mato e de lá carregar madeira às costas, estando ainda em tenra idade é, na verdade, uma trajetória de vida bem brilhante.
13. César no Sesi de Florianópolis
Recebeu mais uma promoção: a remoção para o Centro de Atividades Sociais do Sesi da Grande Florianópolis. Esse Centro era, para ele, em tudo muito semelhante ao de Joinville. Contudo, uma grande diferença: ele ficava muito perto do Departamento Regional do Sesi e por isso as exigências foram bem maiores. Mário César Pacheco, mais uma vez, aproveitou tudo para sair-se bem e aprender ainda mais. Não são as ocasiões que enfraquecem ou fortalecem as pessoas, mas apenas mostram o que elas desde sempre já foram e, consequentemente, o são.
Nesse Centro César ficou apenas um ano, quando então foi convidado para assumir a área de Cozinha Industrial do Sesi para todo Estado de Santa Catarina. Agora ele estava no que já entendia. Aproveitou bem o curso que já havia feito em Joinville e a experiência prática que já tivera em São Bento do Sul e assim soube inovar, criar e tornar-se muito eficiente na nova função.
César, sabendo que toda comida produzida em grande quantidade, manipulada para ser repartida para diversas empresas, depois movimentada no transporte até o local de consumo e lá, mais uma vez, manipulada para o prato do consumidor final, além de normalmente ser acondicionada muito quente, pois durante o transporte até o local do consumo final se vai parte de sua temperatura inicial, isso tudo faz com que ela perca parte de seu sabor, além de algumas qualidades nutritivas que também se vão.
Resolveu-se, então, sob a liderança de Mário César Pacheco, criar pequenas cozinhas industriais em cada empresa com cardápios diversificados e mão-de-obra da própria empresa. Isso até hoje assim funciona, inclusive em São Bento do Sul. É assim que deve ser: administrar é delegar, mas não abandonar.
Para Mário César Pacheco o Sesi foi uma grande escola. Foi assim que o Sesi, na pessoa do César, cumpriu mais uma de suas finalidades; já que o fim de cada verdadeira instituição democrática e formar grandes personalidades. (continua próxima edição)