Quando falamos de espaços comerciais, não se duvida de que a beleza ajuda nas vendas. Mas o que ela está vendendo?! É certo que a beleza não vende a si mesma, sendo óbvio então que a beleza do local ajuda na venda dos produtos em exposição. E qual é o produto que você deseja vender ao seu cliente? Chegamos aí ao ponto chave da arquitetura comercial: saber o que se quer vender para usar a atmosfera adequada aos clientes em potencial. Usando da velha máxima: beleza sozinha não põe mesa! O que significa que cada loja, cada setor, cada espaço precisa de um projeto único e exclusivo, com base em estudos e pesquisas para atingir seu objetivo: incrementar as vendas. E não há que se duvidar neste aumento: segundo pesquisas, um bom projeto de arquitetura de interiores, aliado a um projeto de comunicação visual, pode trazer um aumento de até 35% nas vendas para o varejo.
A arquitetura de interiores comercial sustenta-se em dois pilares: identidade da marca e percepção do cliente. O espaço precisa mostrar a identidade da empresa: quem ela é de verdade, o que vende, a quanto vende e que público deseja atingir. Paralelamente, precisa proporcionar ao cliente a melhor experiência possível enquanto ele está interagindo com a marca. É nisso que se baseiam os espaços das grandes redes, que padronizam seus pontos de vendas: reforçam ao cliente a identidade da marca, que é vista da mesma maneira em diferentes lugares, e fazem com que o cliente se “sinta em casa” independente da cidade ou país que se encontre. Estes dois “recados” fidelizam seus clientes.
Cada projeto comercial deve, então, representar, fiel e claramente, a imagem de uma empresa. Isso significa que o espaço por ela ocupado deve retratar e valorizar determinados conceitos intrínsecos aos produtos e serviços prestados. Ao entrar em uma loja, é o espaço que irá dizer ao cliente qual é o estilo do empreendimento. Apenas olhando as vitrines, já se consegue imaginar o estilo de produto, que público atinge e até mensurar a faixa de valores de venda de seus itens. E que imagem você tem passado aos seus clientes?
Com relação à percepção dos consumidores, a permanência destes em uma loja dependerá de como eles se sentem lá dentro: se o ambiente for agradável, tendem a ficar mais tempo e consequentemente, comprar mais. Isso significa analisar detalhadamente as experiências que os clientes terão em todos os setores da empresa e buscar melhorá-los. Por exemplo: toda mulher sabe que o espelho certo com a iluminação adequada favorece seu corpo. Uma loja de biquínis com provadores apertados, espelhos que deformam e iluminação que mostra os defeitos corporais pode espantar possíveis clientes. Já com bons espelhos, iluminação adequada e provadores confortáveis, há mais chances de se concluir uma venda, tal a felicidade da consumidora ao ter uma bela visão de si mesma.
Mas as experiências do cliente passam ainda por detalhes menos óbvios: a facilidade de estacionamento, o número e localização de caixas, iluminação, aroma, música ambiente... E como dizia Leonardo Da Vinci: “Deus mora nos detalhes”.