Deserto

O diabo é tão ignorante que não sabe nem quem é Jesus. Herodes mandou matar todos os meninos abaixo de dois anos de idade porque não sabia qual dos meninos era Jesus. Satanás precisou da ajuda de Judas para saber quem era o Cristo. Alusão ao beijo que Judas deu em Cristo. Na época em que Jesus desempenhava seu ministério João Batista batizava. Na época existiam dois sumos sacerdotes, Anás e Caifás, o que era uma anomalia. João Batista era da linhagem de Arão e tinha o direito de ser sumo sacerdote. Mas ele estava no deserto. E o Espírito Santo de Deus não se manifestou nem às autoridades hebreias ou romanas, mas a João Batista que estava no deserto. Embora houvesse dois sumos sacerdotes nenhum deles pôde identificar a Cristo como Messias. Quem deveria ser sumo sacerdote era João Batista, mas ele foi rejeitado. Ele deveria ser o legítimo. É por isso que Cristo diz que dos filhos nascidos de mulher nenhum era maior do que João Batista. E quando João Batista começa a pregar e batizar coisas acontecem. Quando Jesus é batizado vem a voz de Deus e diz “Este é o meu Filho Amado em quem ponho todo meu afeto”. Ali Jesus é confirmado como Messias e Filho de Deus. Nós na qualidade de cristãos somos os portadores da revelação. Deus entrega a revelação a nós. E o que tem de importante ter a revelação? Basta pensar em Daniel. Quando Daniel diz a Nabucodonosor o que ele sonhou e o significado do sonho dele ele é posto como governante de Babilônia. E chama Misac, Sidrac e Abdenego para governar consigo. Quando trazemos revelação começamos a governar o mundo. Então a nossa missão é estarmo puros e preparados para podermos receber a revelação. Deus quer nos usar, mas precisamos estar disponíveis e prontos para sermos usados. Quem de nós hoje não se sente num deserto? Todos nós nos sentimos. Mas foi no deserto que João Batista recebeu a revelação de Deus. Além do mais Deus é estratégico ao nos pôr no deserto. Porque Ele é mestre em tomar para si as coisas que não são para confundir as que são. Paulo se considerava o mínimo dos cristãos, mas ele foi o tomado para levar o evangelho aos gentios. Quem sabe você se sinta o menos amável. Até por não ser efetivamente amado pelos que lhe rodeiam. Não importa. Deus ama também o antissocial. Ele ama os que não são amados por ninguém. Os critérios de Deus são diferentes dos critérios do homem. E após quarenta anos de anonimato ele começa a usar o anônimo para fazer obras grandiosas. Temos de saber que estamos numa guerra. Uma guerra que foi começada no céu. E nós que fomos feitos em glória e esplendor inferiores aos anjos temos parte no plano de Deus. Em compensação, o que, na verdade, mais que compensa, fomos feitos à imagem e semelhança de Deus. Quando Deus dá uma ordem os anjos executam instantaneamente. Já o homem profano consulta a carne. Assim como numa guerra, nem todas as informações podem estar ao acesso de todos, para que elas não sejam burladas. Então há coisas que não sabemos. E é por isso que nunca entenderemos perfeitamente o Apocalipse enquanto não se sucederem estas coisas. Não é para sabermos. Não temos condições de administrarmos estas informações. Os mistérios têm tempo certo para serem revelados. Temos de sair da infantilidade da fé e tomarmos alimento sólido. Temos de mostrar nossa fé por nossas obras para que os outros mostrem as obras pela sua fé. O trocadilho é de Paulo. Chega de desrespeitar os princípios basilares e rudimentares da fé. Precisamos crescer, evoluir, amadurecer. Temos de ser comprometidos. Não há nível crescente de unção e de bênção sem nível crescente de aliança com os interesses do Reino de Deus.