Cléverson Israel Minikovsky (Pensando e Repensado)
Advogado
Filósofo
Jornalista (DRT 3792/SC)
Há muita gente que diz “só acredito vendo”. Coisa de gente de pouca experiência e escasso tato. A regra do mundo espiritual não é “ver para crer”, mas “crer para ver”. Os homens e mulheres de sucesso trabalham com o invisível. E quando saem vitoriosos todos os demais ficam admirados e estupefatos. Pois o resultado lhes parece um milagre. E em certo sentido não deixa de sê-lo mesmo. Quem é vencedor se guia pela meta, que é abstrata, hipotética, virtual, e para atingir esta enteléquia enfrenta problemas demasiadamente concretos, reais e medonhos de feiura. Mas quem tem a visão focada na meta não se guia pelas coisas feias que vê, mas pelas belas que não vê. O sucesso do ser humano consiste em fazer sobrepor o pensamento e a imaginação sobre a crueza do cotidiano. “Tudo é possível para aquele que crê” disse Nosso Senhor Jesus. Os princípios não fariam sentido algum se não houvesse a desordem do mundo empírico para relativizá-los. Nosso desafio é superar a natureza: a que há fora e a que há dentro de nós. O homem de fé é um projetista: ele decide aquilo que quer ser. Nada o limita. Onde outros veem empecilho ele vê oportunidade. As soluções não fariam sentido se não viessem precedidas de problemas. Nossa crença deve ser nosso firme fundamento. O ceticismo de nossos dias é generalizado: não acreditamos mais nos nossos líderes políticos e religiosos, não acreditamos na mídia, no professor e nos pais. E o pior de tudo: perdemos a fé em nós mesmos. Esta, de todas as demais, é a pior descrença. Porque a crença em Deus e a crença da própria natureza espiritual de nossa psique e de seu potencial estão intrinsecamente amarradas. De tão descrentes nos tornamos moles. Sequer tentamos, abandonamos o hábito de fazer tentativas. Mal sabe o cético que nem mil intentonas errando o alvo deve ser razão forte o bastante para desistirmos. A juventude não sabe que se quer ter êxito precisa conspirar a favor de si mesma. As coisas não caem no colo. Precisamos batalhar por elas. Mas colocaram na nossa cabeça que não há prêmio de batalha. Esvaziaram a cabeça do jovem da necessidade de um espírito beligerante. Tudo, absolutamente tudo é batalha espiritual. Isto está sendo refletido na política, nas relações de trabalho, nos relacionamentos afetivos. Os casamentos dão errado porque à primeira dificuldade a imediata ideia que vem à tona é o do divórcio. Perdemos a noção de que as coisas são consertáveis, que podemos insistir em coisas que até agora não funcionaram para que passem a funcionar. Antigamente enchíamos nosso espírito de entusiasmo ouvindo o sermão do padre. Mas hoje só se fica mofando diante da tela da televisão ou do computador perdendo o tempo com coisas de pouco valor. Precisamos fazer um gigantesco retorno às Sagradas Escrituras e aprender com a tradição judaico-cristã onde a fé pode levar um indivíduo e um povo. A Bíblia é o manual de tudo o que dá certo. Nossa vitória será obtida quando adequarmos nossa conduta aos preceitos do referido e santo livro. Se funciona? Em minha vida tem funcionado e disso sou testemunha. O poder de Deus pode transformar também a sua vida. Basta deixar-se trabalhar como tantos e tantos outros campeões se deixaram trabalhar pela Santa Palavra.