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Violência contra a Mulher - Isso precisa ter fim!

Quinta, 03 de dezembro de 2015

 

Mulheres são alvo de inúmeros tipos de violência, desde o assédio verbal até a morte. Além da violência intencional, os crimes contra as mulheres são justificados (erroneamente) por questões de ordem cultural ou mesmo religiosa em diversos países do mundo (incluindo o nosso).

Segundo a ONU (Organização das Naçoes Unidas), 7 em cada 10 mulheres no mundo já foram ou serão, de alguma forma, violentadas em algum momento da vida. Isso é realmente assustador.

A violência contra mulheres e meninas é uma grave violação dos direitos humanos. Seu impacto varia entre consequências físicas, sexuais e mentais para mulheres e meninas, incluindo a morte. Ela afeta negativamente o bem estar geral das mulheres e as impede de participar plenamente na sociedade. A violência não tem consequências negativas somente para as mulheres, mas também para suas famílias e comunidade em geral. A violência tem ainda enormes custos, desde gastos com saúde e despesas legais a perdas de produtividade, impactando os orçamentos nacionais e o desenvolvimento global.

Existe um termo chamado “crimes em nome da honra”, que são assassinatos de meninas ou mulheres a mando da própria família, por alguma suspeita ou caso de transgressão sexual (quebra de regras e/ou tabus) ou comportamental (relações sexuais ou gravidez fora do casamento, ou mesmo se a mulher for estuprada). O crime é praticado para “não manchar a honra da família”. A ONU estima que 5 mil mulheres são mortas por crime de honra no mundo, anualmente.

Em relação à mutilação, mais de 135 milhoes de mulheres já foram mutiladas. E a ONU estima que até 2030 mais 86 milhões serão mutiladas.

A violência contra mulher pode assumir diversas formas que vão desde formas mais sutis (porém não menos graves) como assédio moral, discriminação, desvalorização do trabalho doméstico de cuidados com a prole e maternidade até formas mais severas, como agressão e morte.

Segundo as pesquisadoras Casique e Furegato, num estudo de 2006, dentre as diferentes formas de violência de gênero citam-se a violência familiar ou violência doméstica e a violência no trabalho, que se manifestam através de agressões físicas, psicológicas e sociais. Na violência intrafamiliar, contra as mulheres e/ou as meninas incluem o maltrato físico, assim como o abuso sexual, psicológico e econômico.

 

Alguns dados da violência contra as mulheres no Brasil:

Em 2014, de um total de 52.957 denúncias de violência contra a mulher, 27.369 corresponderam a denúncias de violência física (51,68%), 16.846 de violência psicológica (31,81%), 5.126 de violência moral (9,68%), 1.028 de violência patrimonial (1,94%), 1.517 de violência sexual (2,86%), 931 de cárcere privado (1,76%) e 140 envolvendo tráfico (0,26%). Sabemos que esse número é subestimado, a realidade é muito maior que essa, mas serve para termos uma idéia das inúmeras formas de violência existentes.

Em 2011, foram notificados 12087 casos de estupro, número esse que subiu para cerca de 60 mil em 2012, e vem crescendo desde então. Estima-se que a cada ano haja 527 mil tentativas ou casos de estupros consumados no país.

A ONU possui uma campanha chamada “Una-se pelo fim da violência contra as mulheres”. Como ações de combate a violência, citam-se: reforçar a vigilância em relação aos casos supeitos; capacitar os profissionais de saúde (estudos mostram que grande parte das mulheres acessa os serviços de saúde, por causa de violência, no ano anterior ao de ser morta pelo parceiro); Capacitar policiais para o reconhecimento dos casos; Colaboração e conscientização da população da importância em relatar os casos; Leis mais rígidas para os infratores.

No Brasil a Lei No 10.778, de 24 de novembro de 2003 estabelece a notificação compulsória, no território nacional, do caso de violência contra a mulher que for atendida em serviços de saúde públicos ou privados. Essa lei é complementada pela Lei Maria da Penha como mais um mecanismo para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, com medidas mais efetivas (penais) para o seu controle, além do dimensionamento do fenômeno. A notificação e investigação de cada agravo em si já proporciona um impacto positivo pra reversão da impunidade que goza o agressor, embora este ainda seja, de certo modo, defendido por uma tradição cultural machista.

Portanto, amigos leitores, cabe a cada um de nós, cidadãos, darmos um basta neste quadro dramático. Sendo exemplo, valorizando a mulher, orientando os outros para que sejamos agentes de mudança dessa triste realidade.

Para tal, o COMDIM (Conselho Municipal dos Direitos da Mulher) de nossa cidade realiza uma ação municipal de conscientização em relação ao tema, através de inúmeras atividades, como concurso de cartazes nas escolas sobre violência da mulher, debate com a presença de autoridades locais, e uma caminhada/passeata pelo fim da violência pela mulher. Essa caminhada, aberta ao público, será realizada no dia 05.12, às 9h, com saída em frente ao Centro Administrativo Leopoldo Zschoerper.

Participem da atividade de conscientização. Mudem o pensamento e atitude. Num mundo tão evoluído, não há mais espaço para violência, preconceito e desigualdade. Defenda isso e coloque isso em prática.

Se deseja um mundo melhor, faça por merecê-lo.

Grande abraço a todos, em especial às mulheres, que tem todo meu respeito e admiração.



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