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A indústria precisa voltar ao protagonismo para puxar o crescimento econômico e melhorar a qualidade

Segunda, 26 de maio de 2025

A indústria precisa voltar ao protagonismo para puxar o crescimento econômico e melhorar a qualidade de vida do brasileiro, diz presidente da CNI

Na celebração ao Dia da Indústria, Ricardo Alban também pediu cautela e equilíbrio na votação de projetos estratégicos pelo Poder Legislativo, como reforma do setor elétrico e redução da jornada de trabalho

 

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) , Ricardo Alban, enfatizou que a indústria é essencial para o fortalecimento da economia brasileira e que deve liderar o crescimento sustentável do país. “A indústria tem de voltar a ser protagonista para o Brasil seguir os passos largos rumo ao crescimento econômico e à melhoria da qualidade de vida dos brasileiros, com geração de emprego e de renda”, afirmou na abertura do evento do Dia da Indústria, realizado nesta segunda-feira (26), na sede da CNI, em Brasília.

 

No entanto, Alban destacou a preocupação do setor em torno de pautas relevantes nos Três Poderes, entre elas o marco do licenciamento ambiental, a Medida Provisória de modernização do setor elétrico e os projetos que tratam da redução da jornada de trabalho. “Esses projetos desabilitam cautela, bom senso, equilíbrio e, principalmente, discernimento para colocarmos em primeiro lugar o desenvolvimento social e econômico do Brasil”, pontuou.

 

Ricardo Alban destacou que a indústria é o motor da inovação, uma fonte de empregos de qualidade e a prática do desenvolvimento socioeconômico. Ele lembrou que o PIB do país cresceu 3,4% no ano passado puxado pela indústria da transformação e da construção, que teve altas de 3,8% e 4,3%, respectivamente, em 2024. O presidente da CNI observou, no entanto, que as perspectivas para 2025 apontam para um crescimento menor da economia. "Não podemos nos conformar com isso. O processo de reindustrialização deve ser contínuo e planejado com um cenário de longo prazo".

 

A abertura do Dia da Indústria foi acompanhada por autoridades dos três poderes, como os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta; e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso; o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski; e o ministro da Defesa, José Múcio.

 

Juros e China são alertas para a indústria

 

O presidente da CNI também criticou o excesso de gastos públicos e a taxa básica de juros do país – atualmente em 14,75% ao ano. "Temos que enfrentar de frente a questão dos gastos públicos, da insegurança jurídica. Temos que abordar com responsabilidade a taxa de juros abusiva, que corroi a economia", defendeu Alban. Outro ponto de alerta para o setor tem sido a relação comercial com a China. “Precisamos de uma estratégia consistente e arrojada para abrir mais espaço para o produto de maior valor agregado da indústria brasileira na China”, disse.

 

Confira os principais pontos abordados pelo presidente da CNI

 

Licenciamento ambiental

“Uma importante batalha que enfrentamos, e na qual estamos confiantes na vitória, é a aprovação do novo marco do licenciamento ambiental. Depois de mais de 20 anos de debates intensos, a medida foi aprovada na semana passada pelo Senado e deve ser votada esta semana pela Câmara. Esperamos muito que os deputados aprovem o projeto que vai uniformizar procedimentos em todo o país e simplificar a concessão de licenças para empreendimentos de menor impacto. Esse é um passo importante para modernizar a gestão ambiental, trazendo mais eficiência, previsibilidade e segurança jurídica. ao processo.”

 

Setor elétrico

“Há pontos positivos na medida provisória publicada pelo governo, como os benefícios para pequenos consumidores e a maior abertura do mercado livre, mas não podemos aceitar pagar essa conta. O aumento dos custos da tarifa de energia não deveria sequer ser cogitado. Somos um país que produz energia barata, mas que tem uma das contas mais caras do mundo. Isso é inaceitável.”

 

Redução da jornada de trabalho

“Nossos estudos apontam que o aumento de custos pode chegar a R$ 88 bilhões por ano apenas no setor industrial e a R$ 260 bilhões por ano se foram considerados todos os setores da economia. Isso se a jornada for reduzida para 40 horas semanais. Uma redução para 36 horas iria gerar aumentos de custos ainda maiores. Sem aumento significativo na produtividade não é possível pensar em redução da jornada de trabalho. Pensar nisso em um momento em que temos pleno emprego no país é ainda mais preocupante.”

 

Guerra tarifária dos Estados Unidos

"Neste momento, estamos atentos e agitados para enfrentar as recentes medidas comerciais anunciadas pelos Estados Unidos. Essa guerra tarifária balançou a economia mundial. Desde os primeiros anúncios, temos esforços empenhados para evitar extremismos e defender a manutenção do diálogo junto a esse importante parceiro comercial."

 

Relação Brasil-China

“O estreitamento do comércio com esse parceiro precisa vir acompanhado de um protagonismo de nossa indústria de transformação, que hoje está em enorme desvantagem na balança comercial. A indústria manufatureira é responsável por desenvolver e disseminar tecnologia no país e pelos maiores investimentos e evolução. O crescimento sustentado da China aumenta a demanda por produtos agropecuários, minerais e insumos industriais, favorecendo especialmente os setores de commodities no Brasil. Mas, também há espaço para o produto fabricado. o produto de maior valor agregado da indústria brasileira na China.”



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