Vinícius Fendrich
Psicólogo
Educador
Existem assuntos que estão sempre presentes, mais ou menos intensamente, nas pautas de discussões e reflexões constantes.
Um deles, que se reporta imediatamente à laços de ternura, é a amizade.
Interessante que semana passada, dia 20/07, comemorou-se o Dia do Amigo. Com tantas datas lembradas por aí, é justo que esta receba seu merecido reconhecimento.
Confesso que me emocionei com telefonemas e mensagens vindas de onde sabemos ser sinceras, mas achamos que o correr frenético dos dias não permite que o outro lembre ou se manifeste. Engano. Nem todos ficam engessados a ponto de não encontrar um tempo para manifestações de carinho.
Amigos são preciosidades. São pedras brutas transformadas em diamantes originais. O zelo para com eles deve ser idêntico ao usado no cuidar de orquídeas. São sensíveis e requerem muita paciência para que nada interfira no curso natural de suas evoluções.
Creio que bússolas norteadoras para amizades são a honestidade, o diálogo, a autenticidade, o reconhecimento, a gratidão, o amor e, sem dúvida, a verdade.
Mas estamos falando de algo que é difícil de encontrar, tanto quanto político limpo. Quem poderia ser detentor de características tão nobres? O importante não é tê-las na totalidade, mas cultivá-las.
O esforço pelo bem já o é em parte. O contrário também aponta determinantes. A falta de estrutura e alicerces morais leva, cedo ou tarde, o projeto incompetente à falência.
Amigos são poucos. Melhor poucos e bons. Deus é o primeiro. A família deveria ser a segunda e depois os seres especiais que nos visitam e fixam ou não morada em nossos corações.
Decepções? Mais do que comemorações. Os históricos de amizades malfadadas são muitos e sempre se tem algo a contar.
O que vale? A consciência tranquila do certo que se fez e a companhia dos que nos impulsionam para o querer ardentemente incrementar relações.
O que se descarta? Os registros do que parecia ser e não foi. Os pseudo-momentos. Os falsos valores. Tudo que trilha o caminho da ingratidão, especialmente, pois trata-se de revelação egoísta.
Do que se arrepender? Do tempo perdido com quem só, literalmente, usufruiu oportunidades, nos usando de forma vil.
O que fazer? Reaproveitar o aprendizado bom e partir para processos seletivos sempre mais rigorosos. Ao final você acaba compondo um time de confiança beirando 100%.
O que dizer? "Por essas longas estradas da vida, subi morros e desci ladeiras. Entre amigos encontrei cachorros e entre cachorros encontrei amigos..."