Vinícius Fendrich
Psicólogo
Educador
Tal qual o pêndulo de um relógio, nossa vida é regida por cadências. Por vezes estamos bem. Outras, no centro da normalidade, se é que existe essa condição. Ou estamos mal, invadidos pela dinâmica de problemas e complicações.
É preciso ajustar os ponteiros. Há uma hora para tudo. Varia desde o trabalhar compenetradamente, até o se divertir livre de qualquer convenção. Tal ajuste se dará por nossos próprios processos seletivos. Saibamos separar o que nos ajuda e o que nos atrapalha. Fiquemos com a boa informação e eliminemos a de má qualidade.
Usemos o filtro. Ele purifica o que circula em nosso eu físico, psicológico e espiritual.
Se de um lado tivemos recentemente uma tragédia no Japão, com terremotos e tsunamis, catástrofes no Rio Grande do Sul, com enchentes e vendavais, de outro assistimos a um conto de fadas que foi o Casamento Real, parando positivamente a Inglaterra e fomentando comentários em todo o mundo.
Se de um lado o assunto é a captura e morte do terrorista Osama Bin Laden, de outro temos a beatificação do Papa João Paulo II.
Se de um lado nos indignamos com o massacre de alunos em Realejo, de outro nos emocionamos com o resgate de um recém-nascido achado em meio a escombros e lixo.
Se de um lado o caminhar nos aponta dificuldades e descrença para com o ser humano, de outro, nos mostra milagres em que decididamente vale à pena viver e acreditar.
São os dois lados de uma mesma moeda. Estamos no jogo, queiramos ou não. Sendo assim, apostemos no que eleva, estimula, cresce, engrandece.
A parte negra e pantanosa existirá sempre. Porém, deve ser dissipada e jogada no depósito de inutilidades a serem recicladas e reaproveitas, se possível.
Abracemos o lado luz, iluminado e saudável da existência. O resto, que seja tratado como tal.
Nunca nos esqueçamos do sábio dizer: "Enfrenta o sol e as sombras cairão atrás de ti...".