Vinícius Fendrich
Psicólogo
Educador
Muitas vezes participamos delas, como protagonistas ou coadjuvantes. Outras, assistimos. Gostamos ou não. Externamos nosso parecer crítico.
Fazer parte de histórias nos impulsiona, estimula e leva ao crescimento, quando dotadas de energia positiva. São as que irão de alguma forma contribuir para o engrandecimento, seja nosso ou do coletivo.
Porém, as impregnadas de dificuldades, amarrações e nebulosidade devem ser mantidas longe de nossos olhos e, por consequência, de nosso manancial afetivo.
Lembranças nos trazem à tona inúmeras já contadas. São episódios que cravam a escrita de nossas vidas. Tornamo-nos, assim, mais ou menos sensíveis por conta disso. Algumas guardadas com carinho, outras digeridas e lançadas ao vento para que se percam no infinito.
E temos as histórias que não são as nossas, mas nos afetam sobremaneira. É o caso das que se contam nos lugares em que vivemos. O mundo nos relata fatos. Nosso país. Nosso Estado. Nosso município.
O mundo evolui com conquistas surpreendentes, mas se revolta com catástrofes avassaladoras.
Nosso país é um gigante, rico e emergente. Ao mesmo tempo um cofre, com incontáveis ladrões conhecedores do segredo.
Nosso Estado é privilegiado por seu povo ordeiro e trabalhador. Enfrenta também os descompassos de políticas equivocadas que não equacionam muitas das pendências, eclodindo de ponta a ponta.
Nosso município é um pedacinho da Alemanha. Típicos costumes e cultura que nos enchem de orgulho por se reportarem a raízes de dignidade e superação. Também um atual caldeirão de problemas imensos. Tantos não são resolvidos por existirem pessoas mais problemáticas do que os fatos em si, designadas infelizmente para caminharem do nada a lugar nenhum.
Em certos casos, por melhor que sejam nossas intenções, é prudente não participar da história, mesmo que um dia já quisemos isso. Nos resta apenas aguardar. Afinal, quem não quer ouvir, precisa sentir.
Chega o momento, no melhor estilo histórias que permanecem para a eternidade, em que novamente assistimos um campeão de bilheteria. O que prometia ser uma bela viagem, em um luxuoso transatlântico, com muita logística para ser construído, se transforma numa tragédia.
Em algum lugar, para nós, em cartaz: "Titanic".