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Comer por tristeza?

Quinta, 05 de novembro de 2015

Comer por tristeza?

Muitas pessoas sentem vontade de comer algo quando estão muito tristes. Certa vez, uma paciente num grupo de tratamento para perda de peso, disse que a função da comida nesta hora era “fazer um carinho no coração”. Imediatamente as demais concordaram com a sensação reconfortante que comer nas horas de tristeza gera.

Mas, paga-se um preço por este “carinho”. Após o alívio momentâneo, vem o “pagamento”, pode-se dizer que injusto, afinal, o que gerou a necessidade de carinho, continua a incomodar e o artifício usado para acariciar se torna um problema. Entra-se num circulo vicioso de incômodos incessantes e não resolvidos. O novo problema? A tristeza (ou mais tristeza), afinal, as pessoas ficam muito magoadas consigo mesmas quando imaginam ter fracassado. O fracasso poderia ser traduzido em não ter conseguido perder os quilos que desejava; ter aumentado o peso e não caber naquela roupa que gosta; não dar conta de levar a sério a decisão de se cuidar... Além, é claro, da questão inicial provocadora do mal estar.

Quando algo não vai bem, ninguém precisa de mais motivos para ficar mal, precisa é resolver suas tristezas e isso não será feito com comida. Comer em demasia, geralmente alimentos calóricos porque dão algum prazer momentâneo é buscar um bem pelo mal. Ou seja, buscar prazer através de algo danoso. Nada contra comidas saborosas e calóricas, mas elas devem ser ingeridas com moderação. Infelizmente, quando se está triste a capacidade de julgar o que é adequado ou não na alimentação parece desaparecer.

Para resolver algo que incomoda é preciso primeiro lhe dar o status de problema. Um problema é um objeto bem delimitado que precisa ser entendido e depois solucionado. No percurso, muitas vezes se fará necessário uma bela dose de carinho para suportar o mal estar. E esse carinho muitas vezes é chamado de “colo”, talvez remetendo a todo carinho maternal que uma criança recebe ao ser amamentada.

E a confusão parece ficar. Na falta do colo, vai o leite ou qualquer outra coisa que se coloque pra dentro, como muita comida, cigarro, drogas. Pois, lá no fundo colo e comida é tudo a mesma coisa para algumas pessoas. Afinal, a sensação do carinho e da comida estiveram algum dia unidas, como se fossem uma coisa só. É preciso separá-las.

Enfim, quando o carinho se fizer necessário é preciso colo. Mas, para tê-lo é preciso cultivá-lo. E é bem sabido que cultivar dá trabalho, mas vale a pena a colheita!



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