Vinícius Fendrich
Psicólogo
Educador
Difícil definir tal conceito. A liberdade é diferente conforme o ângulo em que nos debruçamos para observá-la. Vai desde um sentimento de alegria e bem estar, até o ímpeto de se fazer o proibido e ilegal.
Vale lembrar que todo processo livre não pode e não deve perturbar a liberdade alheia. A final, o mundo é para todos e não cabe a ninguém restringir o usufruir do próximo.
É livre quem ama. Aquele que faz o que gosta. O sujeito que trabalha com aquilo que o realiza. O indivíduo que valoriza as coisas que tem.
É livre quem acredita que viver pressupõe compartilhar. Dividir. Juntar metades. Pois, de que vale toda uma gama de riquezas, aliada à solidão?
É livre quem sabe que estamos aqui para o registro de uma história. Nossa história. Nossa contribuição. Nossa parcela.
É livre quem se desapega. Abre mão do muito, para ganhar mais ainda. Os espaços liberados dão lugar ao novo. Trazem roupagem diferente. Verniz revitalizado.
Ser livre é acima de tudo um estado interno. É a capacidade de respirar física, emocional e espiritualmente. Todo ser livre é visto pelos demais e na própria autoanálise, como preparado para o imprevisível.
Não deve se assustar, temer, sofrer antecipadamente.
Deve apenas acreditar que tudo é para todos. Que lá pelas tantas, todos seguem o mesmo caminho. Passamos ao ir de encontro com o outro lado . Com o eterno. Com o não material.
Ser livre é dotar-se de muita leveza. Tanta, que no momento de despedir-se daqui, já existe preparo intrapessoal para alçar voo , seguir e pousar ali.