Vinícius Fendrich
Psicólogo
Educador
Quase não dá para acreditar, mas na semana passada, sexta-feira, estávamos dando início a 31ª Schlachtfest.
Expectativa, preocupações, ansiedade. Tantas e muitas coisas necessárias impulsionando o movimento de uma engrenagem.
Apesar de praticamente um ano de organização gradativamente crescente, sempre se trata de um novo momento e proposta diferenciada.
Chegou o dia. E lá se foram os três dias. E lá se vai outra edição da festa. E fica o desejo de que no ano vindouro, possamos todos usufruir novamente de tão belo mosaico.
Tudo foi a contento para a grande maioria. Só não o é entre quem vive e conhece bastidores.
O astro rei, o sol, resolveu chamar a atenção. Exuberante, pomposo e muito bem vindo.
Superação de público e vendas de toda ordem. Aproximadamente 25 mil pessoas. Mais ou menos 17 mil litros de chopp. Beleza, elegância e alegria não faltaram por nenhum momento.
Uma missa tão tocante que levou o público presente ou ao choro, ou ao nó na garganta.
Banda Treml dando um show no seu centenário.
Abertura solene. Baile da Rainha tendo candidatas belíssimas. Resultado aplaudido por todos, sem contestação.
Pátio com opções de lazer e gastronomia para gostos variados.
Bailes embalando uma mescla de gerações até raiar o dia.
O desfile de rua se assemelha a um arco-íris. São tantas as cores, tantas surpresas, tanta criatividade e tanto encanto, que não se consegue visualizar tudo ou se dar conta do emaranhado tão grande de detalhes pitorescos e envolventes.
As apresentações folclóricas são simplesmente hipnotizadoras. Os passos e os ritmos prendem a atenção até dos pequeninos, que aplaudem sem saber muito bem o que.
As apresentações corais e musicais seguem a mesma linha, porém são de uma sensibilidade que pede silêncio e palmas em doses equilibradas.
A família tradicional sãobentense se reúne. Os turistas ficam edificados. Muitos dos presentes aprendem coisas novas com o culto ao antigo. Amigos se confraternizam.
Ao final organizadores brindam o sucesso da festa.
Varrem-se alguns resíduos ainda jogados no chão. Fecham-se as chopeiras. Apagam-se as luzes. Os últimos teimosos voltam para suas casas.
E fico parado, sozinho, no meio do pátio vazio. Parece ainda ter o eco das bandas. Olhar cansado, porem feliz. Falo comigo mesmo em voz alta, mais uma vez, valeu à pena.
Missão cumprida...