Por Pedro Alberto Skiba
A escolha foi livre, democrática e soberana. Prevaleceu a vontade do povo, e dizem que a voz do povo e a voz de Deus. “Nunca na história deste país”, uma mulher teve tanto poder e assumiu o comando de quase 200 milhões de brasileiros e também passou a responder pelas esperanças, sonhos, desejos e ambições de todos. Não vencidos, nem derrotados. Foi combatido o bom combate. A nossa presidente, e digo nossa porque é de todos, ninguém vai mudar do Brasil por que ela assumiu o poder. Também ninguém será tão ignorante e tão descrente para torcer que ela não acerte e que dê tudo errado. O azar será somente nosso, porque na história deste País, nunca e nenhum político se deu mal, é só lembrar Maluf e Collor para não ficarmos quebrando a cabeça com lembranças desagradáveis, para nós é claro. Confesso que vibrei com a posse de Dilma. Por tudo que ela representa. E agora que já passou o clamor e as picuinhas da campanha é só ver seu perfil de estadista, de lutadora, de quem dedicou a vida a uma causa, de quem não fugiu nem se escondeu. De quem foi ungida por um presidente que na história do mundo teve a maior aprovação popular e na hora que deixou o governo. Ter aprovação quando se assume alguma coisa é próprio do puxasaquismo. Normalmente todo mundo é amigo de quem assume. Lula entrou pelos braços do povo e saiu nos braços do povo. Ele já escreveu a história e é motivo de orgulho para todos nós. Ver aquele ex-operário transmitir a faixa presidencial e descer a rampa foi um colírio para os olhos. Ver Dilma se referir a Lula e a outro homem da maior dignidade e exemplo de fé e amor a vida Zé Alencar foi outro momento emocionante. Ver a presidente convocar a todas as forças, lideranças e aqueles que não se engajaram na sua luta para agora unidos trabalhar para um Brasil melhor, pela erradicação da pobreza e pela responsabilidade dos pais na educação dos filhos e não pela terceirização aos nobres professores, são atitudes e sentimentos que só poderiam caber no coração de uma mulher. Passas as tropas em revista como comandante e chefe da Forças Armadas e beijar a Bandeira brasileira, só poderia ser gesto de uma mulher. Mostrou que alem de tudo não precisou de um cuecão ao seu lado, preferiu a presença da filha que com toda sobriedade deu um ar familiar a posse. Esperança, crença, confiança, determinação, ousadia, coragem, disposição, vontade, garra, fé, são todos femininos e agora o Brasil é Ela, e Ela somos nós.