Câmara Regional de Educação debate desafios para os próximos três anos

A representatividade do Movimento Santa Catarina pela Educação (MSCE), as competências profissionais requeridas para as demandas atuais e futuras do mercado de trabalho e o trabalhador do futuro foram temas de reunião da Câmara Regional Oeste do Movimento SC pela Educação, nesta semana. Os integrantes da Câmara discutiram ações e estratégias de acordo com os temas elencados e prospectaram a atuação para o período de 2022 a 2024.

Entre as abordagens, estiveram temas sobre como fortalecer a marca do MSCE, como ampliar as parcerias e como intensificar a divulgação dos serviços ofertados pela plataforma do Movimento. Além disso, foram analisadas as profissões atuais e futuras dos principais setores econômicos e feitas sugestões para atualizar as bases de um plano de desenvolvimento de pessoas mais assertivo em relação à qualificação. Outros assuntos foram maneiras de promover a capacitação e a inserção dos jovens do ensino médio no mercado de trabalho, definir estratégias para incentivar os estudantes a optar pelo ensino técnico profissionalizante e intensificar a valorização da educação profissional.

Na reunião foram apresentados alguns dados. Entre eles, pesquisa da Fundação Roberto Marinho, Itaú Educação e Trabalho e Plano CDE, com jovens do 9º ano do Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio, divulgado em outubro deste ano, que mostra que há uma forte percepção entre os estudantes de que a escola prepara pouco para o mercado de trabalho. Os alunos sentem falta de maior orientação para atingir os caminhos que desejam: há pouco conhecimento sobre profissões e áreas de atuação e sobre o mundo do trabalho de forma geral.

            Também foi abordado sobre um grupo volumoso de jovens brasileiros que não trabalham e nem estudam, a chamada geração “nem-nem”. Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), 23% dos jovens entre 16 e 29, ou seja, mais de 11 milhões de jovens brasileiros, não dedicam seu tempo ao trabalho ou ao estudo. Em Santa Catarina, quase 300 mil jovens dessa faixa etária estão nessa condição.

Perante esses dados, foram feitas sugestões sobre quais competências profissionais são necessárias e precisam ser trabalhadas com jovens e adultos para que ingressem, se estabeleçam e se mantenham no mercado de trabalho e quais medidas podem ser tomadas para conscientizar os jovens e suas famílias, orientando-os sobre as perspectivas de preparação para o mundo do trabalho.

A líder do Movimento SC pela Educação, Osnilda Leite, explicou que estão sendo promovidas reuniões em todas as regionais e, após, será feito um planejamento para os próximos três anos, com base nas sugestões recebidas, para guiar a atuação do Movimento SC pela Educação.

O vice-presidente regional Oeste da FIESC e presidente da Câmara Regional Oeste, Waldemar Schmitz, salientou sobre a importância do Movimento. “A plataforma é um excelente canal de comunicação entre pessoas que estão procurando emprego e empresas que disponibilizam vagas, além da oferta de capacitações gratuitas, contribuindo com o desenvolvimento, a educação e o crescimento das empresas”.

PLATAFORMA

O assessor de Responsabilidade Social da FIESC, Sandro Volpato Faria, apresentou alguns dados da plataforma do Movimento SC pela Educação. São mais de 695 visualizações no Estado e foram registradas mais de 10 mil vagas de emprego, sendo mais de 900 na região Oeste. Atualmente, estão disponíveis 2,8 mil vagas, sendo 290 no Oeste. Mais de mil empresas estão cadastradas na plataforma (158 do Oeste) e 5,9 mil currículos foram cadastrados (320 no Oeste). Além da interação entre trabalhadores e empresas, são disponibilizados mais de 70 cursos gratuitos.

Conheça a plataforma: https://movimentosc.com.br/.

MOVIMENTO SC PELA EDUCAÇÃO

O Movimento Santa Catarina pela Educação tem como propósito uma ação articulada com diversas instituições, a fim de contribuir para o desenvolvimento econômico e social do Estado. É uma iniciativa desenvolvida pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) desde 2012, com participação do Sesi e do Senai. Obteve a adesão dos serviços de aprendizagem e social do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio, Senac e Sesc), Agricultura (Faesc e Senar/SC), Transportes e Logística (Fetrancesc, Sest e Senat), além das entidades representativas dos trabalhadores das indústrias e de instituições públicas, como a Secretaria de Estado da Educação e a União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime-SC).