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Um balanço sobre a situação da pandemia em São Bento do Sul

Quarta, 26 de maio de 2021

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Nesta terça-feira (25), a Prefeitura de São Bento do Sul realizou uma entrevista coletiva com a imprensa para apresentar o quadro atual da pandemia do novo coronavírus no município. Entre os principais pontos estavam a situação do hospital, o aumento na fiscalização quanto ao cumprimento das regras sanitárias e o trabalho feito pela Secretaria de Saúde por meio dos centros de Covid.

Conforme o superintendente do Hospital e Maternidade Sagrada Família, Renato Figueiredo, após o colapso de sexta-feira e sábado, o número de internações diminuiu, mas ainda segue alto, considerado em níveis preocupantes. “Antes da pandemia, trabalhávamos com capacidade em torno de 60% a 65%. Ultimamente estamos com taxa de ocupação acima de 90%, próximo dos 95%, e nos últimos dias quase chegou a 100%”, detalhou.

Ele também explicou sobre a dificuldade que é abrir leitos de UTI, algo que é muito cobrado pela população, onde alguns têm a ideia que basta colocar camas para receber os pacientes. Renato diz que existe a necessidade de uma equipe multidisciplinar atuando no setor, além de médicos que entendem como atender pacientes Covid.

Figueiredo deu como exemplo a estrutura necessária para montar cinco leitos de UTI, com a contratação de 14 técnicos de enfermagem, cinco enfermeiros, médicos e fisioterapeutas. Além disso, não existem profissionais disponíveis. Sem falar nos equipamentos, como ventiladores, monitores e quatro bombas de infusão por cama, sendo que cada uma custa em torno de R$ 6,5 mil e não são a pronta-entrega. Isso tudo sem contar que o hospital também enfrenta problemas com afastamento de pessoal e não consegue contratar novos para suprir a falta temporária, seja por atestado ou mesmo agora, quando gestantes não podem mais trabalhar.

Quem também participou da coletiva foi a médica Sabrina Bollmann Garcia Schwingel. Ela é coordenadora da Comissão Multidisciplinar de Pandemias/Covid e da enfermaria e emergência do hospital, e lembrou do primeiro paciente Covid recebido pelo hospital, em 15 de maio do ano passado. Desde então, cada vez mais foi aumentando a demanda. Em termos comparativos, na primeira onda, 12 pessoas chegaram a ficar internadas no hospital, mas agora, são entre 25 e 30.

Por isso, ela pediu que a população colabore, especialmente os mais jovens, pois no início os mais idosos eram os principais afetados, agora não. Atualmente muitos intubados estão entre 35 e 55 anos de idade. “Só porque tem menos casos ativos, não indica que a doença está retrocedendo. Teve paciente que chegou com 90% do pulmão comprometido, aos 22 anos”, relatou.

Um dos grandes problemas, explica a médica, é a demora dos pacientes em buscar ajuda médica, pois ficam em casa tomando remédios e não monitoram a respiração e o nível de oxigênio no sangue. Quando a oxigenação começa a cair, é preciso ir ao hospital. “Agora temos indícios e entendemos o mecanismo da hipoxemia silenciosa”, afirmou.

Fiscalização - O delegado regional da Polícia Civil, Odair Rogério Sobreira Xavier também esteve presente e falou sobre a fiscalização em São Bento do Sul. Ele disse que inicialmente o foco era a orientação a estabelecimentos, pedindo respeito às regras. Porém, muitos insistem em desrespeitar e por conta disso a fiscalização vai ficar ainda mais rígida, inclusive com penalidades. Ele explicou que o objetivo não é fechar estabelecimentos, mas, todos devem colaborar.

As festas clandestinas são outros problemas, disse o delegado. Para coibir estes eventos, a Polícia Civil vai ampliar o trabalho especialmente aos fins de semana. “É hora da população repensar se seguirá com esse comportamento, de ignorar, zombar ou menosprezar a pandemia e as recomendações sanitárias”, disse.

Atendimentos - A secretária de Saúde, Carmen Binotto, lembrou que desde o início dos Centros de Covid, 5.332 pessoas já passaram pelas unidades em busca de atendimento. Atualmente são duas centrais, uma na Vila 1º de Maio, no bairro Colonial, e outra em Serra Alta. Ambas criadas neste ano.

Ela também lamenta a dificuldade para contratação de pessoal neste momento, e ainda ocorreram baixas com a lei federal que obriga gestantes a se afastarem do trabalho. “Não é má vontade. Ainda temos mantido o posto central com atendimento até às 22 horas, de segunda a sexta-feira. Não estamos medindo esforços”, disse.

O prefeito Antonio Tomazini reforçou que a Prefeitura tem feito todo o possível para garantir atendimento a todos. Mas ele diz que a população precisa colaborar, evitando festas clandestinas e outros tipos de aglomeração. “Todos têm que fazer a sua parte”, disse.

Conforme a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de São Bento do Sul, Cristiane Jantsch Sestren, 20% da população acima de 18 anos já recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19 no município. “Já vacinamos cerca de 95% dos idosos”, disse, enfatizando que a aplicação das segundas doses também ocorre normalmente, sem falta de vacinas no município.

Quem também participou da coletiva foi a presidente da Câmara de Vereadores, Carla Hofmann. A vereadora destacou a importância de todos colaborarem com os regramentos e com o que determinam os decretos. Ela enfatizou que todos devem ter sua responsabilidade e cuidados.



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