DESASTRES E ESPERANÇA

Estamos presenciando novas tragédias no Brasil, por conta dos desastres naturais, os quais têm se tornado cada vez mais frequentes. Ora atingem Santa Catarina, ora ocorrem no nordeste, mas desta vez arrasaram várias cidades na Serra do Rio de Janeiro, além de atingirem sintomaticamente as comunidades mais carentes do sudeste do Brasil.

O que causa estas tragédias? O clima, aliado às ações cada vez mais predatórias do próprio homem. Os desastres naturais sempre existiram, rasgando as entranhas da terra, com deslizamentos de terra, avalanches, terremotos, furacões, erupções vulcânicas e outros cataclismas cíclicos.

No entanto, o Brasil é um local privilegiado, livre de vulcões, de abalos sísmicos substanciais ou de furacões e seus derivados. Mas não está livre da ação das chuvas e das consequências dela ou da falta dela, que são as formas mais rápidas para o homem sentir o aquecimento global.

São as ações humanas que causam a perda de tantas vidas, de patrimônios e da esperança de recomeçar no mesmo lugar. Muitos não têm nem para onde voltar, porque a casa, o terreno, a rua onde moravam não existe mais. Muitos anos de ocupação desordenada, em todos os cantos deste Brasil, hoje se retratam no caos vivido pelos atingidos por estas catástrofes naturais. E vão continuar acontecendo, até que as autoridades legalmente constituídas façam, com rigor, a sua lição de casa...

Entretanto, não é hora de perder a esperança, mas de recomeçar, sim, com o auxílio da solidariedade alheia. Todos nos emocionamos com o quadro desalentador que vemos todos os dias nos noticiários, mas podemos ajudar: enviando donativos ou mesmo rezando pelos aflitos... Vamos devolver a ajuda que o Brasil nos deu nas épocas das catástrofes em SC.

É importante que os atingidos sejam socorridos em suas necessidades básicas, mas mais importante ainda é cada um na sociedade desempenhar com consciência o papel que lhe cabe: começando pela sua própria casa, pelo destino correto do lixo, pela limpeza de quintais e calçadas, e por não deixar para o outro a parte que me cabe fazer. E, acima de tudo, a consciência cívica das pessoas que estão investidas de poder, porque delas depende a criação de soluções definitivas e não somente paliativas, como tem sido feito até hoje.

Esperança para recomeçar e fé no futuro, porque nós podemos fazer diferente daqui em diante!