Padre Antônio Taliari
Jornalista (DRT 3847/SC)
Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR
18/12/11 Dom: 2Sm 7,1-5.8b-12.14a.16 – Sl 88 – Rm 16,25-27
EVANGELHO: (Ler na Bíblia Lc 1,26-3).
O Evangelho deste 4º Domingo do Tempo do Advento fala da anunciação do anjo, que é talvez a passagem da Bíblia mais conhecida, a mais repetida. Na recitação da Ave-Maria, na oração do Ângelo, na reza do Rosário, nas diversas manifestações da Arte! A vida cristã carrega no coração e tem como princípio e fim a encarnação do Verbo: o Filho de Deus se fez homem para que nós nos tornássemos filhos de Deus. Maria é símbolo de todo crente e da Igreja inteira. O que aconteceu nela, naquele sexto mês, deve acontecer em cada um e em todos. O ‘Sim’ da criatura que acolheu e gerou o Verbo – que desde o princípio e no qual tudo tem princípio – é a própria finalidade da criação. É o que as cartas aos Colossenses e aos Efésios desenvolvem em seu primeiro capítulo. O mistério narrado no Evangelho pode ser contemplado sobre vários aspectos. Vai depender do ponto de vista: pode-se considerar Maria, como imagem do crente, vértice do mundo criado, resto de Israel, realização das promessas e outros. Mas podemos também – com uma batida de assas tornada possível pela fé – colocar-nos do ponto de vista do próprio Deus. Lugar mais privilegiado que este para contemplar as criaturas não pode existir. Deste ponto de vista, a encarnação é o encontro querido por Deus desde toda a eternidade, o momento – aquele agora, aquele sexto mês depois de João Batista – em vista do qual o tempo teve início, coroamento do seu sonho de amor, prêmio de todos os seus esforços, recompensa da sua fadiga. Finalmente – está é a profundidade da acolhida de Maria – das profundezas da criação que se afastou dele pelo pecado, se levanta um ‘sim’ capaz de atrair o próprio Deus. E ele, na pessoa do Filho, vem e se compromete para sempre com a história do homem, que, a partir de então, é, indissoluvelmente e fisicamente, história de Deus também. Nem se pode imaginar a alegria de Deus em poder dizer ‘Alegra-te’ àquela mulher de nome Maria, que não está no Templo, em Jerusalém, mas em sua humilde casa, em Nazaré, esposa de um carpinteiro, de nome José, nome que quer dizer ‘Deus acrescente’! Como José talvez desconfiasse, ela tem, de verdade, outro esposo, um misterioso, escondido e desconhecido esposo. Esposo que, depois de tantos reveses, encontrou a esposa do seu coração. O sofrimento de José acabou, a tristeza foi embora, pois ele é abraçado por quem ele ama. A sua oferta de amor finalmente encontrou mãos e braços e corpo que a acolhem. Em Maria, os grandes braços do mundo e o corpo mesmo do universo contém, concebem e apertam Aquele sem o qual o ser humano não é humano. O Amor é, finalmente, amado. Encontrou uma casa onde morar e a casa do homem encontrou alguém para preenchê-la. Não está mais vazia. Está cheia de graça. Está cheia da graça. Ausência se faz agora presença. No silêncio fala, irreversivelmente, a Palavra. A encarnação – que não pode ser desligada da Paixão e Morte – tem um caráter ‘passional’. Revela, à luz da Cruz, a paixão de Deus. É o início do casamento entre Deus e a humanidade.
19/12/11 – Seg: Jz 13,2-7.24-25a – Sl 70 – Lc 1,5-25
20/12/11 – Ter: Is 7,10-14 – Sl 23 – Lc 1,26-38
21/12/11 – Qua: Ct 2,8-14 – Sl 32 – Lc 1,39-45
22/12/11 – Qui: 1Sm 1,24-28 – ( 1Sm 2) – Lc 1,46-56
23/12/11 – Sex: MI 3,1-4.23-24 – Sl 24 – Lc 1,57-66
24/12/11 – Sáb: 2Sm 7,1-5.8b-12.14a.16 – Sl 88 – Lc 1,67-79
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