Primeira e única Eucaristia

Dizem que religião não se discute, mas isto não impede que se opine, que se comente. São Bento do Sul viveu momentos de demonstração de fé, de religiosidade, de crença e de esperança. A Marcha para Jesus, anunciada como sem dono, mas de todos os que creem no Cristo Ressuscitado, embora predominantemente com participação dos evangélicos, mobilizou centenas em desfile pelas principais ruas da cidade e concentração na praça Getúlio Vargas. Um movimento pacífico, ordeiro, organizado e que mostrou que as pessoas precisam e devem acreditar que estas ações são testemunho de fé. Também que o cidadão, quando está se afogando em um rio, se agarra a qualquer coisa. Quer é a tábua da salvação. O desespero faz com que acredite naquilo que muitas vezes em outras situações até desdenhou. O povo está carente, necessitado. No meio de tudo isto surgem os oportunistas de plantão, “os pastores de carreira”, aqueles que vendem vagas no céu, os pregadores de final de semana, os que dizem “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. Os que deixaram de beber, fumar e outros prazeres mundanos porque mudaram de religião e encontraram Jesus. Interessante que eu não conheço nenhuma religião que ensine a roubar, beber, matar, ser sem vergonha. A mobilização pela Marcha deve ter mexido com a consciência de muitos. Parabéns, atingiu seu objetivo. Também os católicos devem ter sido sacudidos e confirmado que, embora estatisticamente maioria, são acomodados e pouco participativos. Dificilmente as comemorações religiosas, as procissões, reúnem tantos fiéis. Aí está mais uma vez a prova de que o importante não é quantidade, mas a qualidade. Também os católicos - muitas famílias tiveram seus filhos, cerca de 450 - recebendo a Primeira Eucaristia num dos finais de semana. Quantos deixaram de fazer porque os pais não encaminharam. “Ah! Meu filho vai escolher, ele fará sua opção”. Errado. Obrigação da família, dos pais, é orientar e encaminhar. Interessante que para influenciá-lo para torcer pelo Flamengo ou Corinthians você pode. Também o colégio e o curso você influencia até onde pode. Então por que colocá-lo na escola? Espere ele decidir. Por que não quanto ao caminho da religião? Se ele quiser seguir no futuro ou não, aí sim terá capacidade para decidir, será o exercício do livre arbítrio. Não dizem que é de pequenino que se torce o pepino? Enfim, voltemos à Primeira Eucaristia. Motivo de festa e muita alegria. Sim! Para os donos de restaurantes, recreativas, clubes, almoços em casa e barracas armadas. Teve gente da família que nem foi à missa, ficou preparando a comilança. Até o tanque de lavar roupas recebeu gelo para manter a cerveja no ponto. Fogos de artifício, enfim, a comemoração e “bebeção” pagã. Quantos destes irão receber a segunda Eucaristia? Ah! Mas para quê? Deus não perdoa a quem se arrepende? Então vou esperar mais um pouco. Afinal são os católicos de festas e de desesperos. Sim! Batizado, Primeira Eucaristia, Crisma, Casamento, Bodas, as festas. Aí a igreja precisa estar decorada, tapete, flores, velas, música – e dá-lhe festa. Rezar e agradecer só depois na hora do aperto. Mas como? O padre não vai encomendar o corpo, rezar missa nem acompanhar o defunto até o cemitério para a última oração? Última, não. Melhor! Vamos mudar para despedida, pois ainda teremos uma semana para a última oração. A Missa de Sétimo Dia. Depois disso, só quando o próximo e que não esteja tão próximo for chamado. Tem mais, o coitado do padre tem que estar afinado, saber da vida da família, principalmente a parte boa do defunto para falar para todos e enaltecer suas qualidades. Também quando a situação aperta só Deus pode ajudar a afrouxar. Peça com fé, faça promessas, distribua orações, correntes e fique sentado esperando a Graça. A igreja está mais ou menos como o SUS, todo mundo reclama, mas na hora do aperto corre para lá e quer ser o primeiro a ser atendido.

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Evento chique

Afinal, o que é um evento chique? Para uns, badalação, mulheres bonitas, elegantes, bem vestidas, homens sóbrios e cavalheirescos. Boa comida, boa bebida. Tudo isto misturado pode ser ingredientes que dão consistência à afirmativa. Mas um detalhe muito importante é o saber receber, tratar com finesse, com igualdade, ser verdadeiramente anfitriões, deixar as pessoas à vontade, sem querer saber a posição social, a conta bancária, mas dar importância ao fato da presença, do aceitar o convite, do comparecer. De saber no dia seguinte que quem foi se sentiu importante. Vocês irão me questionar: “Mas por que isso agora?”. Só por um simples comentário em função dos muitos que ouvi. Antes muitos ti-ti-tis. Será que vai ser assim, assado ou cozido? Nossa! Ouvi dizer que não vai ter isso, mas vai ter aquilo. Claro que os grandes eventos causam expectativas e comentários. O importante é que depois muita gente mordeu a língua, ou, com o perdão, sentou no rabo. Que bom. Só ouvi comentários deslumbrados. “Puxa, se não tivesse ido talvez seria um dos grandes arrependimentos da minha vida”. “Nossa, nunca mais verei nada igual”. “Ufa! Nem em novela e filme vi nada parecido”. Que bom. Isto deve dar uma tranquilidade e uma satisfação aos anfitriões. Escrevo sobre o casamento de Gabriela Weihermann e Antonio Martinez de Almeida, no último dai 26, no Rio de Janeiro. “Um conto de fadas, um sonho de Verão”, entre outros qualificativos. Mas que moça de sorte. Porque não dizer, seja feliz, conquistou o amor da sua vida. Soube cativar. É gente nossa. “Sim, mas como você que não foi pode escrever e contar com tantos detalhes”. Explico: fui convidado, sim, e me senti deveras honrado. Motivos de ordem particular me impediram de estar presente e como sempre digo, quem não vai é que perde. Perdemos, Zuleika e eu. Agora minha parte profissional talvez foi antes. Pedi para a noiva que me detalhasse tudo que poderia acontecer por e-mail e fiz uma verdadeira sabatina. Ela até foi modesta e econômica nos seus detalhes. Talvez eu não fui suficientemente competente para descrever tudo que me foi passado. A verdade é uma só. Gabriela e Antonio, Geraldo e Andréa, Augusto e Angela, obrigado por terem incluído e Zuleika e eu no rol dos convidados. A minha forma de agradecer foi contar um pouco deste conto de fadas. O início da história, o primeiro capítulo foi contado o roteiro e o grande final será escrito por vocês, Gabi e Antonio. Sejam felizes, pois vocês começaram por onde terminam as grandes novelas da Globo. O casamento.

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Nova promotora

Assumiu a 2ª Promotoria de Justiça em São Bento do Sul, em substituição a Ricardo Viviani de Souza, Elaine Rita Auerbach, procedente de Modelo, no oeste do Estado. Acompanha a mesma Jakeline Karla Camillo, assistente da promotoria.

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Pedradas do PedroKa

- “Dando sequência às visitas em obras e empresas do município, o prefeito em exercício, Flávio Schuhmacher, acompanhado do vereador Marco Viliczinski, aproveitou a tarde desta quarta-feira para levar alguns pedidos da comunidade ao secretário de Obras, Márcio Dreveck”. O trecho acima é de notícia divulgada pela Assessoria de Impensa da prefeitura. Ou não estão sabendo o que escrever, ou comprova que realmente Flávio não está preparado para ser prefeito. Acredito que o papel do prefeito não é ir pedir, ou levar pedidos ao secretário de Obras. Prefeito manda, determina. Chama o secretário eu seu gabinete e dá as ordens. Este trabalho de levar pedidos é coisa de office-boy, contínuo no meu tempo, com todo o respeito. Afinal a hierarquia diz que manda quem pode e obedece quem precisa.

- Flávio Schuhmacher poderia prestar um favor à imprensa e listar as obras e recursos do governo do Estado, em execução e liberados para o município na atual gestão.

- Vice prefeito Flávio Schuhmacher, em exercício, tenta ganhar espaços na mídia. Recuperar o que perdeu não será fácil em tão pouco tempo. Primeiro deu um tiro no pé e decepcionou gregos e troianos, correligionários e adversários, germânicos, poloneses e italianos, ao fugir da responsabilidade de aceitar uma secretaria na atual administração. Depois anunciou rompimento com o prefeito só que não deixou o cargo, nem de receber. Mudou de partido, trocou o DEM pelo PSD, outro tiro na água. Com isso, quem cresceu e apareceu aos olhos dos eleitores foi o médico Antonio Tomazini, que, pela sua coerência, postura e atuação ganhou visibilidade e hoje já é tido como um dos prováveis candidatos à sucessão de Magno Bollmann. Ocupou e muito bem o espaço de Flávio, cujos próprios companheiros não acreditam em uma candidatura para o Executivo. Também ninguém arriscaria a levá-lo como vice. Sobra mesmo a possibilidade de disputar uma vaga para a vereança.

- Não participei, mas li que o prefeito em exercício Flávio Schuhmacher (PSD), aliás agora realmente fazendo jus ao salário, teria reclamado da falta de acompanhamento de projetos por parte da prefeitura. Sim! E o vice está fazendo o quê? Poderia ao menos cuidar desta parte para justificar os quase R$ 6 mil mensais. Às vezes é melhor silenciar do que falar bobagens.