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AUMENTO DE OCORRÊNCIA DE COBRAS PREOCUPA POPULAÇÃO

Sexta, 17 de dezembro de 2010

Departamento de Meio Ambiente foi consultado por moradores do bairro Brasília

São Bento – Com o aumento das temperaturas de verão os répteis como cobras, ficam ativos, e são encontrados mais facilmente. Recentemente o Departamento de Meio Ambiente da prefeitura de São Bento do Sul foi consultado sobre a ocorrência de cobras – neste caso, jararacas – em residências no bairro Brasília. “A tendência natural das pessoas é matar a cobra, pela justificativa de risco, mas não é a atitude mais coerente”, explica Marcelo Hübel Diretor de Meio Ambiente. 

O acidente com os viperídeos, como as jararacas, são comuns porque estes ficam enrodilhados próximos de imóveis, camuflados em trilhas, próximos de roças, estando à espreita de roedores ou outras presas. Os botes e picadas ocorrem de forma natural onde o animal em seu estado de habitat é interrompido ao ser pisado ou provocado pelo homem, não atacando por livre espontaneidade. Conforme citação bibliográfica, cerca de 50% dos acidentes ocorrem no pé e tornozelo, 24% do tornozelo até o joelho, 18% na mão, 1% da mão até o ombro e o restante em outras partes do corpo. Contudo recomendasse o uso de calçado fechado, perneira e luvas ao manipular objetos.

CONTROLADORES
No ambiente em que vivem as cobras, ou tecnicamente referenciada por serpentes, são excelentes controladores da população de ratos, mas também se alimentam de anfíbios como sapos, rãs e pererecas ou ainda outras cobras, lagartos, mamíferos, aves, minhocas, artrópodes, moluscos e até peixes, conforme a espécie. Mas também são base alimentar de aves como os gaviões ou mamíferos como o gato-do-mato.

 “O ideal é manter as cobras no habitat natural sem interferência do homem, para manter o equilíbrio do ecossistema”, ressalta o diretor. Mas quando ocorre alteração da paisagem com o aumento da supressão de vegetação e o aumento da expansão imobiliária, as serpentes ficam prejudicadas pelo território que ocupavam e circulam por propriedade na área urbana, chegando a entrar nas residências, como ocorrido no Bairro Brasília. “Nestes casos, quando o ambiente pode não comportar mais a serpente, o melhor procedimento é capturar a cobra e encaminhar para o Instituto Butantan em São Paulo, referência mundial no desempenho de trabalho com animais peçonhentos”, instrui Marcelo.

 

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Em São Bento do Sul e região, os acidentes mais comuns são com a jararaca (Foto Magno Segalla/Divulgação)
 

VENENO
Com a serpente encaminhada para o instituto, é possível retirar o veneno e produzir o soro, que salvará vidas. Para cada espécie existe o soro específico, e quando ministrada as doses corretas é rápida a recuperação do paciente. Em São Bento do Sul e região, os acidentes mais comuns são com a jararaca (Bothrops jararaca). Após a picada o estancamento do sangue demora para acontecer, o tempo de coagulação é prolongado. No avanço da ação o sangue começa a sair pelos poros da pela, mas depois de administrar o soro a recuperação ocorre de 6 a 12 horas.

Em São Bento do Sul, a Simm Cia Ltda recebe há cerca de 80 anos serpentes que são enviadas para o Butantan, garantindo o soro para a cidade, sendo responsáveis pela vida de muitas pessoas que neste período dependeram do soro antiofídico. Mas grande parte das cobras não são venenosas, dessa forma o Departamento de Meio Ambiente pode ser acionado para verificação das características da cobra para a identificação.

EM CASO DE ACIDENTES 
Em caso de acidente com cobras é preciso manter a calma e levar a vítima o mais rápido possível a um serviço médico, se possível com a serpente para a administração correta do soro. Não devem ser feitos: torniquetes, ferimentos, sucção, choques elétricos, ingestão ou aplicação de qualquer substâncias, pois nenhum destes métodos apresentam efeitos curativos, e devem agravar o quadro clínico da vítima.

Para fazer a captura do réptil é importante que o morador entre em contato com o Departamento de Meio Ambiente, através do telefone 3626-3273, ou diretamente com os bombeiros. “O morador não deve tentar fazer a captura sozinho, e para isso é só observar, se a cobra estiver quieta não se deve mexer e será possível a captura e se ela estiver agitada, o melhor é liberar caminho e deixar ela ir embora”, revela Marcelo.

CARACTERÍSTICAS 
Mais ativa durante a noite; facilmente observada; apresenta entre meio metro a um metro; solenóglifa, dentes ocos injetores anteriores; vivípera, dá luz a filhotes; terrícola, ativa sobre o solo; arborícula, ativa sobre a vegetação; alimento preferido são mamíferos como roedores; para defesa, achata o corpo de forma transversal; vibra a cauda; da botes, inclui mordidas, injeção de veneno e golpes com a cabeça; esconde a cabeça, ocultar ou envolver parte do corpo.



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