Com apenas 27 anos, a engenheira civil Thaise Vieira topou o desafio de deixar Goiânia (GO) e se mudar para Florianópolis (SC) para assumir a execução da primeira obra. Na MRV desde 2017, responde por duas obras: o residencial Orquídeas (340 apartamentos), em fase final, e o residencial Violetas (420 apartamentos), ambos em Palhoça. Ela é a primeira engenheira a assumir uma obra da MRV em Santa Catarina. Antes disso, passou pelas funções de auxiliar e de analista de engenharia.
“Comecei a carreira na MRV ao visitar o estande da construtora em uma feira de profissões e notar que havia oportunidade para pessoas portadoras de deficiência. Eu tenho uma deficiência visual e me inscrevi para a vaga de auxiliar de engenharia em Goiânia. Passei em todas as etapas do processo e um tempo depois participei do programa Jovens Talentos e conquistei a promoção para o cargo de analista de engenharia”, conta Thaise.
A inspiração para ingressar na profissão veio da influência do padrinho, proprietário de uma construtora, e do pai, que sempre trabalhou em obras. “Desde criança, eu sempre visitei as obras realizadas pelo meu pai. “Sei que a engenharia é um mercado muito masculinizado e que há, ainda, muitos percalços no caminho da mulher nessa profissão. No entanto, minha experiência pessoal na MRV sempre foi muito positiva, nunca enfrentei dificuldades na profissão exclusivamente por ser mulher, sempre tive muito apoio dos meus colegas de trabalho homens também.”, avalia Thaise.
Anualmente, em 23 de junho, celebra-se o Dia Internacional das Mulheres na Engenharia. A data, criada pela organização Womens Engineering Society (WES) do Reino Unido, objetiva fortalecer o espaço que as engenheiras vêm ganhando na profissão, que já foi majoritariamente ocupada por homens.
Apaixonada por canteiro de obras e pela Engenharia Civil, Thaise orienta quem deseja ingressar na profissão a “correr atrás” e a não perder a força de vontade. “Obra é um segmento que dá medo nas mulheres, mas há muito respeito. Na obra, é uma realidade diferente a cada dia. Tocar obra é uma paixão. O bom desempenho depende de fazer tudo da melhor forma possível. Quem está indeciso, precisa buscar conhecimento para ver qual área gosta mais e traçar um plano de carreira. O meu plano é ousado. Sonho em ser até presidente da empresa. Quero sempre o crescimento. Para isso, busco competência, bons resultados e estar preparada para as oportunidades”, comenta a engenheira.
No Brasil, a proporção de mulheres engenheiras civis é de aproximadamente 25%, contra 75% de homens. Segundo dados do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), desconsiderando os inativos, o total geral de engenheiros civis registrados no país é 491.562, sendo 123.415 mulheres e 368.147 homens. Com 6.290 mulheres engenheiras civis registradas e 15.118 homens, Santa Catarina, ocupa a sexta posição no ranking de estados com maior número de mulheres registradas, atrás de São Paulo (30.681), Minas Gerais (18.591), Rio de Janeiro (9.290), Paraná (7.116) e Rio Grande do Sul (6.576). Na regional da MRV em Santa Catarina, nove mulheres em funções como auxiliar e analista de engenharia e engenheira responsável atuam nos canteiros de obras da construtora.