Florianópolis - O preço do gás de cozinha sobe 7% a partir de primeiro de dezembro em Santa Catarina, e os valores praticados no Estado estão entre os mais altos das regiões Sul e Sudeste. Toda a linha de gás envasado sofrerá o reajuste.
O botijão de 13 quilos, mais comum nas casas, vai passar de R$ 40,35 para até R$ 45, dependendo da distância do ponto de venda e a distribuidora. Já o botijão maior, de 45 quilos, usados em prédios residenciais e pequenos estabelecimentos comerciais, passará de R$ 170 para R$ 180, em média.
Os gás fornecido a granel para grandes consumidores, por meio de caminhões-pipa para indústrias, condomínios ou empresas maiores, não terá o valor reajustado.
Santa Catarina só perde para Minas Gerais entre os preços cobrados nas regiões Sul e Sudeste. A falta de uma base de distribuição de gás de cozinha eleva os preços no Estado, justifica o presidente da Associação Empresarial dos Revendedores de Gás (Argas) de Santa Catarina, Jorge Magalhães de Oliveira. As envasadoras mais próximas de estão em Araucária, no Paraná, e em Canoas, no Rio Grande do Sul.
— O custo do transporte fica embutido no preço final — afirma.
Os preços do gás de cozinha não são tabelados, e o reajuste é explicado como realinhamento das margens dos revendedores. Oliveira argumenta que os custos de distribuição, manutenção e os salários aumentaram entre 8% e 10% este ano. Outro problema apontado é a ilegalidade, que atinge mais da metade das revendas no Estado, e reforça a concorrência desleal.
Os preços do botijão de 13 quilos caíram R$ 1,28, em média, em 2010. Em setembro do ano passado, os preços subiram 20%, de R$ 38 para R$ 45, mas o mercado não assimilou e, ao longo dos meses, os preços caíram e se acomodaram em torno de R$ 40.
— Mais da metade das revendedoras em SC estão irregulares. Em Florianópolis, das 300 revendedoras, apenas sete estão registradas na Agência Nacional do Petróleo (ANP) — observa Oliveira.
Entre as principais irregularidades, Oliveira aponta falta de credenciamento junto à ANP, de alvará e até de empresa estabelecida, sem locais para conservação adequada do produto, o que põe em risco tanto os trabalhadores quanto vizinhos e consumidores.
A ANP lançou em setembro a campanha Gás Legal para combater a venda irregular do gás de cozinha no país. De acordo com o Sindicato Nacional das Empresas