Padre Antônio Taliari
Jornalista (DRT 3847/SC)
Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR
31/07/11 Dom: Is 55,1-3 - Sl 144 - Rm 8,35.37-39
EVANGELHO: Quando soube da morte de João Batista, Jesus partiu e foi de barco para um lugar deserto e afastado. Mas quando as multidões souberam disso, saíram das cidades e o seguiram a pé. Ao sair do barco, Jesus viu uma grande multidão. Encheu-se de compaixão por eles e curou os que estavam doentes. Ao entardecer, os discípulos missionários aproximaram-se de Jesus e disseram: "Este lugar é deserto e a hora já está adiantada. Despede as multidões, para que possa ir aos povoados comprar comida!". Jesus, porém, lhes disse: "Eles não precisam ir embora. Dai vós mesmo de comer!". Os discípulos missionários responderam: "Só temos aqui cinco pães e dois peixes". Jesus disse: "Trazei-os aqui". Jesus mandou que as multidões se sentassem na grama. Então pegou os cinco pães e os dois peixes, ergue os olhos para o céu e pronuncia a bênção. Em seguida partiu os pães, e os deu aos discípulos missionários. Os discípulos missionários os distribuíram às multidões. Todos comeram e ficaram satisfeitos, e dos pedaços que sobraram, recolheram ainda doze cestos cheios. E os que haviam comido eram mais ou menos cinco mil homens, sem contar as mulheres e crianças (Mt 14,13-21).
A perícope se divide em três cenas. Na primeira, Jesus, cheio de misericórdia, cura os doentes (Mt 14,13-14); os discípulos têm uma proposta diferente da de Jesus (Mt 14,15-18); Jesus realiza a multiplicação nos moldes da celebração eucarística: toma o pão, abençoa-o e dá aos discípulos missionários para que o distribuam (Mt 14,19-20). Depois do banquete da morte, celebra-se a festa da vida. A sua morte o torna semente, bela e boa, torna-se semente escondida na terra que floresce em pão da vida para todos. É o 'sinal de Jonas' (Mt 12,40) aplicado a Jesus, mas antecipado em João Batista. Se o ser humano é aquilo que come, o banquete de Herodes, a despedida das suas intenções, prepara o do Filho que dá a vida de filhos aos irmãos. Jesus, profeta e Messias rejeitado (Mt 13,1ss.), como um novo Moisés, mata a fome de seu povo no deserto. Aliás, ele se mostra maior que Moisés (Ex 16,3-4), pois é o próprio Senhor que dá a sua carne como alimento para a vida do mundo (Jo 6,55). Maior que Elias (2Rs 4,42ss.), já que é a Sabedoria que põe à disposição de todos superabundância de vida. Neste sentido, a narração da multiplicação tem um pano de fundo nitidamente messiânico. Tanto assim, que, ao final, o povo quis coroar Jesus como rei, ou seja, messias-rei. O texto remete também à Eucaristia, alimento coletivo do novo povo. A comunidade cristã tem seu centro, aqui e na Eucaristia, no Filho, recebido em dom, recebido com dom e comunicado aos irmãos. O que Jesus realiza aqui e antecipa o que ele realizará na Última Ceia (Mt 26,26), e o que ele realizará na Ceia antecipa a entrega total de si na cruz.
01/08/11 - Seg: Nm 11,4b-15 - Sl 81 - Mt 14,13-21
02/08/11 - Ter: Nm 12,1-13 - Sl 51 - Mt 14,22-36
03/08/11 - Qua: Nm 13,1-3a.25-14,1.26-30.34-35 - Sl 106,6-23 - Mt 15,21-28
04/08/11 - Qui: Nm 20,1-3 - Sl 95 - Mt 16,13-23
05/08/11 - Sex: Dt 4,32-40 - Sl 77 - Mt 16,24-28
06/08/11 - Sáb: Dt 6,4-13 - Sl 18 - Mt 17,14-20
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