Não se trata de nenhuma história de ascensão política, mas de nossos próprios banheiros. Que em duas gerações passadas ainda era usado da forma como uma cabine externa, a chamada "privada" ou "patente", que depois veio sendo incorporada de forma acanhada num puxado feito no corpo da casa, ainda com chuveiro feito de lata com furos, onde despejava-se a água quente.
Depois foi incorporado de forma definitiva na geração passada, dentro de casa com devidos encanamentos e chuveiros energizados. Hoje temos verdadeiros "paraísos particulares" em que parece que o quarto foi incorporado ao banheiro, encontrando-se diversos artifícios como águas pressurizadas, cores e luzes, tudo combinando para dar o maior prazer e relaxamento possível, ou apenas pensar sem ser incomodado.
Nem para os reis
Ao se visitar o Palácio de Versailles, em Paris, observa-se que o suntuoso palácio não tem banheiros.
Em dia de festa a cozinha do palácio conseguia preparar banquete para pessoas sem a mínima condição de higiene. As necessidades eram feitas em salas comuns em separado do público, coletadas em bacias, depois despejadas para fora. Também não havia o costume de se tomar banho devido ao frio e à inexistência de água encanada.
Trono caprichado
Foi no Egito, em torno de 2100 a.C., que surgiram as primeiras latrinas usadas por pessoas sentadas, criando um padrão empregado até hoje. Cerca de mil anos depois, habitantes da ilha de Bahrein, no Golfo Pérsico, inventaram um mecanismo pioneiro de descarga hidráulica.
Tudo pelo cano
A civilização que viveu no oeste da Índia por volta de 2500 a.C. já tinha latrinas com água corrente. Elas eram ligadas a canais construídos com tijolos e faziam parte de um sistema sanitário que incluía câmaras e bueiros.
Ele & ela
Na Roma antiga, os banheiros públicos, além de servir para reunir pessoas, também eram frequentados tanto por homens como por mulheres.
Alívio coletivo
Os romanos implantaram banheiros públicos, associados às casas de banho. Era costume entre eles promover debates, banquetes e encontros cívicos em latrinas coletivas, instaladas em grandes bancadas de pedra. Embaixo delas passavam os canais de água corrente, usados para carregar os dejetos até rios distantes. Quanto a isso, não mudou muito.