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IFC traz ministra da Agricultura e reúne cadeia produtiva do pescado em Foz do Iguaçu

Sexta, 26 de novembro de 2021

O evento reúne conferencistas de 16 países e as mais avançadas tecnologias para o setor de pescados

 

Consolidando-se como o principal e maior evento do setor de aquicultura e pesca do Brasil, o 3º INTERNATIONAL FISH CONGRESS & FISH EXPO reúne 1.400 participantes em Foz do Iguaçu e, desde sua abertura, surpreende pelo prestígio político e econômico que conquistou.

A abertura teve a presença da ministra Tereza Cristina, da Agricultura acompanhada pelo secretário de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif Júnior, e centenas de empresas do segmento. Toda a programação está sendo transmitida ao vivo. No primeiro dia, o IFC Brasil registrou mais de mil participantes, na feira e no congresso. O IFC 2021 prossegue até sexta-feira (26), no Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention.

Tereza Cristina destacou que o Ministério vem trabalhando em uma série de ações para fortalecer o setor de pesca e aquicultura, entre elas facilitar o acesso às linhas de crédito rural. “No Ministério, seguimos no caminho de tornar mais sólido e pavimentado esse setor, que é tão importante para segurança alimentar do nosso país e do mundo, junto com as outras proteínas”, disse.

A ministra anunciou as negociações para criação de tilápia no lago da Usina Hidrelétrica de Itaipu, um dos temas tratados em reunião na quarta-feira (24) entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez. Atualmente, o cultivo de tilápias em tanques no reservatório de Itaipu não é permitido pela legislação do Paraguai.

O secretário Jorge Seif citou o trabalho desenvolvido, desde 2019, para reduzir os trâmites burocráticos para pescadores, aquicultores e industriais. “Até 2022, das 1.500 normas existentes, ficarão no máximo 500 regras. Isso significa desburocratização”, informou. O secretário acrescentou que outra linha de ação é a implantação de sistemas digitalizados, como o do recadastramento de pescadores profissionais.

O presidente do IFC, Altemir Gregolin, disse acreditar que, em uma década, o Brasil estará entre os maiores produtores de pescado, por reunir condições para ampliar a produção, como 8.500 quilômetros de costa e matéria-prima (soja e milho). “O IFC é a expressão do momento que o setor vive, com crescimento com um pacote tecnológico cada vez mais desenvolvido, genética, rações, equipamentos, com aumento de consumo, inclusive na pandemia e aumento das exportações de uma cadeia cada vez mais estruturada”, disse.

O evento reúne mais de 70 conferencistas de 16 países, além da apresentação de novos produtos e tecnologia para o setor na Fish Expo Brasil.

POLÍTICAS PÚBLICAS

A programação do IFC Brasil iniciou na manhã de quarta-feira (24) com o Pré-Congresso Políticas Públicas e o Desenvolvimento da Cadeia Produtiva de Pescados. O Pré-Congresso reuniu Secretarias Estaduais de Agricultura, Aquicultura e Pesca, órgãos ambientais, órgãos de assistência técnica e extensão rural, de crédito e de sanidade animal. Entidades, empresas e profissionais dos setores público e privado também participaram. 

No pré-congresso, Jorge Seif Júnior destacou o grande potencial brasileiro na produção de pescado. Ele falou sobre a importância de criar um ambiente regulatório para o desenvolvimento da cadeia produtiva e do mercado, através de um ambiente de políticas públicas e incentivos. Além disso, salientou as tratativas para incluir a aquicultura e pesca no acesso a esses investimentos, junto às instituições de crédito e ao Plano Safra.

Norberto Ortigara, secretário de Agricultura e Abastecimento do Paraná, afirmou que na visão do governo do Estado há evolução para uma cadeia vencedora em produtividade. Disse que o governo do Paraná vem se tornando um facilitador para pequenos e médios produtores. "Esperamos um crescimento de 12% a 15% ao ano do setor de pesca em nosso território. A política “Paraná competitivo” visa estimular os investimentos e o setor crescerá exponencialmente nos próximos anos. O pescado fará parte das principais proteínas exportadas, assim como o frango e o suíno".

Eduardo Lobo, da ABIPESCA, elogiou os avanços das políticas públicas, afirmando que ainda é um início, pois o setor espera um tratamento igualitário ao que se vê na produção agrícola e pecuária. "Hoje, quem movimenta a cadeia é o setor privado, precisamos ser tratados com respeito e com os incentivos necessários para trabalhar mais e crescer."

AÇÕES CONSCIENTES

Os representantes do Paraná, Norberto Ortigara, e do Mato Grosso do Sul, Rogério Beretta, comentaram e debateram as políticas e avanços nas políticas públicas para facilitar a produção.

Pelo Paraná, Norberto Ortigara, secretário de Agricultura, afirmou que o Estado vem avançando em legislação e agilidade para que o produtor trabalhe de forma legal e veja no governo um parceiro. Rogério Beretta da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar do MS, comentou que o Estado melhorou significativamente o apoio e as condições legais para os produtores.

III INTERNATIONAL FISH CONGRESS

A programação científica do III International Fish Congress abriu na quarta-feira (24), com a palestra do Dr. Audum Lem. O Diretor da FAO falou sobre o “Mundo Pós-Pandemia e a Importância Estratégica de Construir um Modelo de Desenvolvimento Sustentável na Aquicultura e Pesca”.

Lem frisou que a pandemia escancarou a insegurança alimentar e várias partes do mundo, tornando necessário um esforço para, cada vez mais, produzir alimentos seguros, com qualidade e sustentabilidade. Para isso, é preciso inovação para oferecer uma alimentação de qualidade e com compromisso sustentável.

O Brasil é exemplo de desenvolvimento do setor de aquicultura, disse. “Oferece produtos de qualidade, além do trabalho conjunto do setor público e privado e métodos inovadores no setor de aquicultura”.

Lem destacou ainda a importância das mulheres em toda a cadeia aquícola e da colaboração internacional para mudar o cenário preocupante no setor alimentar.

PAINEL PESCA PARA O FUTURO

No Painel Pesca para o futuro, Eduardo Lobo, presidente da Câmara Setorial da Produção e Indústria de Pescados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, afirmou que o futuro do mercado de aquicultura e pesca precisa, desde agora, mudar a narrativa. “Devemos assumir que somos uma aquicultura sustentável e inclusiva. O Brasil não é o país do futuro, ele já é o futuro desse presente”.

Francisco Medeiros, presidente da Peixe BR, falou sobre a importância do novo marco regulatório. “A indústria da pesca promove sustentabilidade social e econômica e não há nada mais importante para um país do que esse movimento".

Itamar Rocha, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC), cobrou um posicionamento mais sério do Governo Federal em relação à liberação de crédito para os produtores. "O Brasil tem tudo para ser o maior do mundo nesse setor, mas não tem incentivo para isso. Precisamos mudar esse cenário", argumentou.

Márcio Ortega, diretor da ABRAPES, afirmou que o setor precisa, mais do que nunca, de muita união para seguir em frente, com organização e sustentabilidade. Jorge Neves, presidente do SINDIPI, destacou a “necessidade da união do povo das águas, com organização e inteligência de estudo, não simplesmente apresentar apontamentos que todos nós sabemos que é feito de forma que não demonstra o nosso verdadeiro cenário.”

MERCADO

Sandro Fachini, diretor de negócios de pescados da Seara, disse que o peixe chega à mesa de cerca de um quarto da população brasileira. Isso, em comparação com o frango, por exemplo, que atinge mais de 90% dos lares do país, é pouco. “Precisamos mudar isso. Essa mudança depende de investimentos em qualidade e logística, para atingir toda a cadeia consumidora”.

Thiago de Luca, da Frescatto, questionou: “O que o Brasil está fazendo para melhorar o preço dessa proteína na mesa do brasileiro?” Ele frisou que precisamos de isonomia. “Queremos o mesmo tratamento de outros setores de proteínas. É injusto o pescado ter um custo tão alto de tributação. Ajustes simples e colocaríamos o pescado na mesa do consumidor com valores 10% menores, se houver vontade do setor e governamental".

Fernando Aguiar, Diretor Comercial da Cvale, apontou alguns desafios para o crescimento do mercado. Tornar o pescado mais competitivo é um dos principais.

 



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