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Manufaturados terão déficit de US$ 51 bi

Quarta, 27 de julho de 2011

 Os produtos manufaturados deverão fechar este ano com déficit de R$ 51,11 bilhões na balança comercial brasileira, segundo projeção divulgada nesta segunda-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em 2010, o saldo foi negativo em R$ 33,5 bilhões. De acordo com Informe Conjuntural da entidade, a indústria de transformação (manufatura) fechará 2011 com crescimento de apenas 2,6%, taxa menor que o estimado para a expansão do PIB, que passou para 3,8%.

Para o economista da CNI Flávio Castelo Branco, a explicação para o baixo desempenho da indústria está relacionada à valorização da moeda brasileira, puxada pela alta na taxa de juros sem a contrapartida de melhoria na competitividade de produtos nacionais. Ele disse que a expectativa do setor sobre a nova política industrial na ser divulgada pelo governo a próxima semana é alta. "A nossa expectativa é a definição de uma política industrial focada na indústria manufatureira. Não se tornou mais barato produzir no Brasil. E a valorização do câmbio aumenta os custos e prejudica a competitividade dos produtos nacionais", disse.

Entre as medidas a serem anunciadas, o setor espera desoneração de investimentos, redução do PIS/Cofins nos bens de capital, estímulos à inovação, e melhor acesso a crédito para investimentos. De acordo com a CNI, a carga tributária elevada, a burocracia, gargalos na logística e encargos sobre a folha são os principais entraves ao crescimento da indústria. O economista destacou que a indústria manufatureira tinha um saldo comercial positivo até 2007 e que essa situação se inverteu com a crise financeira internacional de 2008, com déficit crescente.

Ao divulgar as projeções com indicadores para economia, a CNI revisou de 3,5% para 3,8% o crescimento do PIB em 2011. Também foi revisada a taxa de crescimento do PIB industrial (que reúne indústria manufatureira, extrativista, civil e de utilidade pública), saindo de 2,8% para 3,2%. Entretanto, a entidade classificou a revisão para cima desses indicadores como um ajuste pontual, devido ao bom desempenho da economia no primeiro trimestre do ano. Castelo Branco disse que o arrocho na política monetária (o aumento na taxa de juros) e medidas de restrição ao crédito anularam essa contribuição positiva dos três primeiros meses do ano.

Para a CNI, tudo indica que o ciclo de alta na taxa de juros se completou na reunião do Copom da semana passada, quando a Selic passou a 12,5% ao ano. No entanto, isso não significa que as condições melhoraram para os tomadores de crédito, devido ao crescimento da taxa de inadimplência e medidas para restringir o financiamento.

As perspectivas da economia brasileira levam em conta que o consumo das famílias crescerá 4,5% este ano, que a Formação Bruta de Capital Fixo subirá 8,5% em 2011 ante 2010, e que a taxa de desemprego ficará em 5,9% da População Economicamente Ativa (PEA). O informe prevê ainda que a taxa de câmbio (média de dezembro) chegará a R$ 1,56 ante R$ 1,63 prevista em março deste ano. Esta cotação também era esperada para o dólar na média do ano há três meses, mas agora as estimativas cederam para R$ 1,59. O levantamento da CNI manteve as projeções de final de ano para o IPCA (6%), taxa básica de juros (12,50%) e saldo para a balança comercial (US$ 20 bilhões), em relação ao levantamento referente ao primeiro trimestre.

Fonte: Jornal do Comércio RS



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