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Inadimplência das empresas deve subir no segundo semestre, prevê economista

Sábado, 23 de julho de 2011

 

empresa

A inadimplência das empresas sobe de acordo com o corte nas linhas de crédito

O risco de inadimplência das empresas ficou estável, no segundo trimestre deste ano. O Indicador Serasa Experian da Qualidade de Crédito das Empresas, que mede o desempenho avaliado em operações de empréstimos de cerca de 500 empresas no mercado, atingiu 95,7, numa escala de 0 a 100. É o mesmo patamar do período de janeiro a março e próximo do que vem sendo registrado desde o último trimestre do ano passado.

Essa estabilidade, no entanto, deverá ser interrompida nos próximos meses, prevê o gerente de indicadores de mercado da Serasa Experian, Luiz Rabi. Ele explicou que até setembro do ano passado, a qualidade do crédito, que é a capacidade de as empresas honrarem os seus pagamentos, vinha apresentando trajetória de alta e passou a ficar estável “sob o impacto do aumento dos juros e demais medidas de restrições ao crédito”.

O economista observou que a decisão tomada na véspera pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de elevar a taxa básica de juros, a Selic, de 12,25% para 12,50% ao ano, aumentam as possibilidades de “um crescimento mais lento da economia e de um aperto nos caixas das empresas, que passarão ter mais dificuldades em honrar pagamentos”.

O levantamento da Serasa mostra ainda que as grandes empresas tiveram uma ligeira melhora no segundo trimestre, com o indicador que mede a qualidade de crédito passando de 98,3 para 98,4. As empresas de porte médio repetiram a marca de 98,4 e as micro e pequenas empresas mantiveram-se em 95,6, o maior nível da séria histórica, que começou em 2007.

Repercussão

A elevação da taxa Selic provocou ampla indignação na sociedade, especialmente entre os trabalhadores.

– O Banco Central insiste numa política equivocada de enfrentar a inflação com uma medida que freia o crescimento da economia, intensifica o processo de desindustrialização, beneficia os rentistas ao mesmo tempo em que prejudica os trabalhadores e o setor produtivo da economia – observou o vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nivaldo Santana, agregando: “é um remédio que vira veneno”.

É a quinta vez consecutiva que o BC persiste na política de elevação da Selic. O Brasil continua com as taxas básicas reais de juros mais altas do mundo. Os credores da dívida pública, principalmente bancos e grandes investidores, são beneficiadas pela medida, pois receberão mais juros. Os trabalhadores e a indústria pagarão o pato.

Os juros altos estimulam o processo de desindustrialização do país, na medida em que atraem mais capitais estrangeiros de curto prazo para especular com os títulos da dívida pública, conforme notou a Federação da Indústria de São Paulo.

“Precisamos refletir sobre o futuro que queremos para Brasil. O quinto aumento consecutivo da taxa de juros vai acelerar a desindustrialização e poderemos ter perdas de postos de trabalho, agravando os sérios problemas que já enfrentamos com a competitividade brasileira. Em vez de elevar os juros, o governo deveria adotar medidas que efetivamente reduzam a carga tributária, equilibrem a taxa de câmbio, melhorem a infraestrutura, diminuam o custo da energia e garantam isonomia entre a produção nacional e a estrangeira”, enfatiza a Fiesp em nota assinada por seu presidente, Paulo Skaf.



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