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Textos diversos em prosa e verso

Terça, 15 de junho de 2021

Lá vai Maria

Lá vai Maria

Cansada dos desmandos.

Lá vai Maria

Cansada da mão pesada

Do homem.

Lá vai Maria

Descendo a ladeira em agonia.

Lá vai Maria

Na sua romaria.

Lá vai Maria

Buscando calmaria.

Lá vai Maria

Tecendo a vida

Como uma colcha de retalhos.

Lá vai Maria

Resistindo a hipocrisia

Da sociedade.

Lá vai Maria

Escondendo o choro,

Não quer ficar se lamentando,

Ergue a cabeça e sai lutando.

Clarisse da Costa

Em prol da mulher preta

 

Dia de Chuva

As janelas

Tinham gotas de chuva

Eram como espelhos

Refletindo um pedaço da vida.

De dentro da casa

Dava para sentir o cheiro

De terra molhada,

Era como se o tempo

Não tivesse passado

E a infância tivesse forte

E viva.

Era possível fechar os olhos

E ver uma garotinha

De cabelos cacheados

Pisando com os pés descalços

Sem pensar em mais nada.

A vida tinha seu canto

Cantigas que mamãe ensinou

E tudo parecia perfeito,

Pois em tanta simplicidade

Havia amor.

Clarisse da Costa

 

Ainda Vale A Pena

A gente cresceu

Aprendendo

As diversas formas do amor.

O amor sempre se fazia presente

No abraço e colo de mãe,

Naquele olhar

Que nos queria dizer algo…

Era tudo tão singelo

E só depois de crescido

A gente entendia as coisas.

O amor se encontra nas flores,

Nas canções,

No andar de mãos dadas,

No sorriso e troca de olhares.

Era possível ver

O amor em tudo,

Não sei o que se perdeu.

O amor era o principal elo

Que unia as pessoas.

Em algum espaço de tempo

Da vida, alguém achou

Que não fazia mais sentido,

Mas para mim

Ainda vale a pena amar

Mesmo que isso às vezes doa.

Clarisse da Costa

 

Descomplica é apenas conto erótico

 

Qual a melhor forma do escritor escrever contos eróticos? Não tem forma. A fórmula mágica é uma história envolvente. Mas antes do autor começar a escrever ele tem que saber que não pode haver medo ao escrever algumas palavras e muito menos falar sobre o sexo.

O tema tem que ser abordado com profundidade. Ele não está a escrever contos infantis, são contos eróticos, e como tal, tem que mexer com o prazer de ambos os sexos.

Mas para entender melhor sobre contos eróticos é preciso saber de sua origem.

Afinal, o que é conto? Como conhecido por muitos, conto é a narração de uma história. Isso, dentro de um universo próprio, com seres e ocorridos. Uma de suas características é ser breve.

Do gênero narrativo e com conformação própria, o conto nos apresenta um narrador, cenário e também um enredo. O narrador é aquela pessoa responsável por contar a história aos leitores.  O enredo é a sequência de ações. O cenário como a própria palavra nos sugere é toda ambientação da história contada.

Mas como surgiu o conto? Os contos existem há séculos, não é um novo gênero literário que surgiu nos anos 2000. Tiveram início juntos aos povos antigos, como os Gregos, os Romanos e os Egípcios.

Sempre nas noites de luar as pessoas se reuniam em família e juntas narravam histórias. O que seria contos, mas de forma oral. E desse ato familiar surgiu a expressão "quem conta um conto aumenta um ponto". Mas eram histórias simples, algumas até lúdicas.

Ao longo do tempo esse gênero vem mostrando diversos caminhos literários, como os contos eróticos. Pode não parecer, mas escrever sobre sexo para alguns é um sacrilégio, o que exige muita coragem e ousadia de um escritor.

São poucas as pessoas que entendem esse gênero e não misturam a realidade com as histórias contadas. Algumas pessoas veem como convite ao sexo aquilo que o autor escreveu.

Clarisse da Costa

 

 

 

 

Trilogia erótica: O Diário Sexual De Emily

Clarisse da Costa

A Calcinha Molhada

 

Me descobrir, sentir forte a minha feminilidade é para mim um renascimento. Para mim a mulher nasce por duas vezes, primeiro ao sair da barriga de sua mãe e segundo quando sai da sua adolescência e entra na fase adulta. Ainda assim, todos os dias ela descobre algo novo sobre si mesma. Eu estou me descobrindo na minha sexualidade, as sensações que o corpo tem sentido. Mesmo alguns dias sem sexo consigo sentir arrepios na pele e a calcinha molhada.

No dia anterior depois de uma noite de sono eu ouço vozes, até pensei que fosse um delírio meu ou um sonho repentino, mas aquela voz se materializa, é ele ao telefone falando comigo e aquilo dito pela manhã, ‘’eu quero tirar sua roupa molhada, beijar sua boca de madrugada; sentir sua pele arrepiada, sem ao menos fazer nada; quero sussurrar no seu ouvido, dizer coisas sem sentindo; beijar sua barriga, lamber o seu umbigo; deixar-te louca, desvairada; quero te abrir toda; desejar-te; comer-te; quero me lambuzar na tua seiva; acariciar-me nos teus braços; envolver-me nos teus seios; quero sentir tua pele macia; seu cheiro floral; seu suor afrodisíaco; uma coisa de louco’’, se torna real.

Uma realidade em mentes e corpos falando e sentindo prazer numa distância surreal que pode ser resolvida com a simples compra de uma passagem de ônibus, ou o simples toque de um telefone.

O som do telefone é como um alarme, avisando que é hora de gozar.

Ele com a sua boca carnuda e de total abundância fala em meu ouvido: ‘’eu ia adorar lamber esse seu suor todinho, da nuca descendo pelo côncavo das costas, lambendo sua pele úmida e cheirosa e cair de boca na sua vagina. ’’

Claro que eu não resisti e caí na tentação do ‘’sexo on-line’’ e fiquei a manhã toda desejando ter aquele homem em meus braços. Tão sedutor e sexy!

Ao anoitecer eu sinto o meu corpo em chamas e sem ele por aqui o que fazer. Se masturbar resolveria, mas, e o desejo de tê-lo do meu lado... Como resolver?

Se masturbar pensando nele e eu aqui ser aquela safada na cama só para mim? Ou esperar que um dia ele apareça? Quer saber? Não vou esperar. Vou gozar como nunca senti antes.

De madrugada eu recebo uma mensagem...

— Eu te quero.

Então eu respondo: —  Me tira dessa calmaria. Me pega de jeito.

Aí ele me disse: —  Eu quero te deixar louca, bem puta.

Então me mandou um áudio dele gozando, tinha acabado de se masturbar pensando em mim, estava completamente nu.

Aquilo me deixou com uma vontade imensa de fazer um amor gostosinho com ele. Fiquei bastante excitada. E como não ficar? Às vezes não precisa de muito para uma mulher ficar bem excitada. É só saber mexer bem com os seus extintos.

Acabei a noite vendo um filme com cenas quentes, enquanto parecia um simples café da manhã entre duas pessoas, um homem e uma mulher, que por sinal não eram casados, tudo aconteceu naquela fatídica manhã. Só não sei dizer qual era a estação. Pois bem... O cara abriu todos os botões do vestido da mulher e lentamente foi tirando a sua roupa e apertando seus seios, enquanto isso o calor foi subindo em mim. Eu completamente nua comecei a me acariciar. Na minha mente, o amor da minha vida. Eu podia ver a cena de nós dois fazendo aquele amor gostoso como antes nunca feito. Mais quente! Mais envolvente!

Sexo bom é assim envolvente que em nenhum momento pode faltar o carinho. Cada detalhe do corpo tem que ser sentido.

Ele me despiu e me deixou desvairada. Eu fui puta mesmo. Selvagem diria que é a palavra certa. Ele chupou bem gostoso os meus seios, beijou a minha boca até eu ficar sem ar, depois abriu as minhas pernas e me chupou até meu corpo tremer. Eu gemi o tempo todo de prazer e gozei. Depois disso chupei o pinto dele e fiz aquela massagem erótica nele.

Gozamos. Foi muito bom. Claro que não é melhor do que ter a pessoa do seu lado, mas tirei toda vontade que eu estava sentindo. Descobri que posso ter prazer comigo mesma, a calcinha molhada não me deixa mentir. Sem essa de pudor, não é errado se masturbar. Errado é não ser feliz. E sexo é apenas um detalhe.

Do diário de Emily dias ano de 2014

Clarisse da Costa é cronista, contista e poetisa em Biguaçu, Santa Catarina.

Contato: clarissedacosta81@gmail.com



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