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As ações de enfrentamento à Covid-19

Sexta, 11 de junho de 2021

Nesta quinta-feira (10), o secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, esteve em São Bento do Sul, onde participou de um encontro no gabinete do prefeito Antonio Tomazini. Ele fez uma avaliação sobre o momento atual da pandemia, vacinação e sobre as perspectivas para o futuro.

Ribeiro explicou que historicamente, Santa Catarina tinha cerca de 550 leitos de UTI adulto no Sistema Único de Saúde (SUS), mas atualmente são aproximadamente 1,6 mil, e praticamente todos estão ocupados, boa parte por pacientes Covid-19. “Estamos há dias com uma taxa de ocupação alta, acima de 90%”, disse.

Ainda conforme o secretário, conforme o último boletim do Estado, praticamente todos os leitos de UTI em Santa Catarina estão ocupados, pois existiam aproximadamente 50 livres, mas na fila por vaga eram mais de 40 pacientes. Ele comparou a situação catarinense com a vivida no Paraná, onde cerca de 500 pessoas estão na fila por leito de UTI.

Para André Ribeiro, uma terceira onda da Covid já está em andamento, com elevação nos números de casos ativos, no entanto, ela está num ritmo mais lento do que se previa inicialmente. Além da questão dos casos em alta, o secretário diz que o momento preocupa porque já são 15 meses de enfrentamento ao coronavírus, com os recursos ficando cada vez mais escassos, com equipe médica e a própria população cansada, além dos insumos médicos com preços muito alto e em falta em todo o mundo. “Vivemos um momento muito complexo”, alertou.

Conforme o secretário, a questão do custeio da pandemia é a grande preocupação no momento, pois com a vacinação sendo acelerada e a expectativa de aplicação da primeira dose em todos os adultos de Santa Catarina até outubro, já se planeja uma retomada de cirurgias eletivas, por exemplo, onde a fila antes era de 60 mil pessoas e agora passa de 100 mil. “Teremos que fazer dois anos em um”, disse.

Para garantir o enfrentamento ao coronavírus, Ribeiro cita o superávit nas contas do governo estadual, o que proporcionou ainda no primeiro ano de gestão a quitação de débitos com a saúde próximos a R$ 1 bilhão e faz com que não tenha faltado recurso até agora para os municípios. Mas os recursos são finitos. Por conta disso, ele esteve em Brasília recentemente apresentando plano ao governo federal para destinação de recursos ao Estado.

Quanto ao superfaturamento de preços para alguns insumos médicos, o secretário diz que diversos comparativos e documentos já foram entregues ao Ministério Público Federal e ao Ministério Público Estadual para que façam suas apurações. “Os órgãos de controle olham muito para o gestor e não para quem está metendo a faca no pescoço”, lamentou.

O secretário também cita o empréstimo de aproximadamente 500 mil ampolas de medicamentos que fazem parte do estoque do governo estadual para hospitais de Santa Catarina. “Sabemos que isso pode dar problema, mas se não fosse este empréstimo, pessoas iriam morrer”, destacou, lembrando que os hospitais e prefeitura, portanto, terão que devolver estes itens emprestados.

Com a garantia dada pelo Ministério da Saúde quanto ao envio de doses para os Estados, em especial Santa Catarina, Ribeiro diz ter sido possível elaborar o calendário de vacinação por faixas etárias divulgado nesta semana. A logística de entrega dos imunizantes também têm funcionado bem, sendo que em 12 horas todos as doses recebidas em Florianópolis estão entregues nas regionais.

Graças à vacinação, o secretário acredita que os piores momentos da pandemia no Estado devam perdurar até o fim de julho e início de agosto, quando começa a melhorar o cenário. Mas ele lembra que o coronavírus permanecerá presente entre nós e por conta disso ações com foco no futuro já estão realizadas, como a reorganização do sistema de saúde no Estado e projetos para criação de centros de atendimento pós-covid, devido às sequelas em muitos pacientes.

Pedidos - Ainda durante o encontro, a secretária municipal de Saúde, Carmen Binotto, pediu apoio estadual para acelerar a tramitação de projetos para o setor, como o de implantação do aparelho de raio-x comprado há vários anos e ainda não instalado, assim como para a readequação e aprovação do projeto de construção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no bairro Colonial.

O prefeito Antonio Tomazini lembrou que existem R$ 2 milhões garantidos para a obra por meio de emenda parlamentar do deputado Silvio Dreveck, e outros R$ 2 milhões por meio de financiamento. André Ribeiro ainda citou que é possível captar mais recursos junto ao Ministério da Saúde.

Quem também esteve na reunião foi o deputado estadual Ricardo Alba. Ele diz que o grande desafio é viabilizar recursos junto ao governo federal. O parlamentar lembrou que Santa Catarina gerou cerca de R$ 70 bilhões em impostos no ano passado, mas apenas R$ 7 bilhões retornam ao governo estadual.

Na sequência, o secretário André Motta Ribeiro foi até o Hospital e Maternidade Sagrada Família conhecer a estrutura e de lá, seguiu a Mafra e Canoinhas.

Participaram ainda do encontro a presidente da Câmara de Vereadores, Carla Hofmann, e os vereadores Terezinha Maria Dybas, Zuleica Maria Sousa Voltolini, Luiz Neri Pereira (Magrão), Darlan André Guliani, Ângelo Ronei Peschiski e Hélio Alves e o diretor geral do Hospital e Materniadade Sagrada Família, Oscar Fernandes.



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