Sempre a chorar vivia quase louca.
Implorando a Deus e ao mundo,
Para que o jovem amado...
Que a deixou voltasse.
***
Pois ela queria vê-lo,
Nem que fosse só
Por um segundo.
***
Tal a tristeza que há abatia.
Foi aos poucos lhe fragilizando...
Deixando-a sem esperança,
Cheia de dor e de desenganos.
***
Pelas ruas era vista gritando,
O nome do amado ingrato!
E a chorar lágrimas sentidas.
***
Um dia quando já escurecia,
Alguém a escutar, seu nome,
Aproximou-se sujo e maltrapilho,
E também não contente com a vida.
Dizendo graças a Deus,
Que te encontrei querida.
***
E chorar contando sua história...
História essa de tristeza e dor!
Tinha partido triste e arrependido...
Por ter deixado o seu único amor!
***
E a tristeza e a saudade foram tantas!
Que quis voltar e não, mas conseguia.
Pois amnésia pôs lhe o véu no cérebro,
Que não sabia, mas o que fazia.
Quando melhorou foi à cidade,
Cidade essa em que eles moravam.
E que fora lá que num triste dia...
Ele a abandonara.
Mas não a encontrando
Andava pelo mundo sempre a procurá-la
E quando a encontrou chorou.
E povo que passava parava...
Pois jamais tinham visto cena igual,
Cena de tristeza e dor,
E os dois a chorar, repetiam juntos.
Graças há Deus que te encontrei amor.
Vivaldo Terres