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Ícones

Segunda, 19 de outubro de 2020

Ícones

Por Sônia Pillon

 

Por Sônia Pillon

Todos os dias nos deparamos com notícias de pessoas que, por

alguma razão, se tornaram celebridades, conquistaram fama e

dinheiro, "chegaram ao topo", alavancados por algum talento

específico. Geralmente pertencem ao mundo das artes, dos esportes,

ou das mídias sociais.

Seja pelas circunstâncias, por uma habilidade incomum, beleza, ou

pela esperteza aliada ao carisma, muitas dessas pessoas passaram a

ser veneradas por milhares de fãs. Ou milhões, numa escala

planetária. Invejadas, copiadas em tudo o que fazem e dizem. E nessa

classificação também se enquadram os influenciadores digitais,

sempre prontos para ditar tendências  e comportamentos aos seus

seguidores. Se tornam referências. E é justamente aí que mora o

perigo. Que exemplo eles estão transmitindo às novas gerações?

Onde está a responsabilidade social desses que são formadores de

opinião?

É cada vez mais comum assistirmos comportamentos irresponsáveis e

total falta de bom senso de ícones da atualidade. Barbaridades

continuam sendo ditas e apresentadas em lives por artistas de

renome, efusivamente aplaudidos. Aliás, fanatismo e idolatria é uma

dobradinha temível, basta recorrer à História.  

Porém, o pior de tudo isso é quando esses ídolos das massas passam

a se sentir acima da lei, cometendo crimes, seja sonegando impostos,

ou até mesmo contra a vida. Praticamente têm a certeza de que sairão

impunes. Se sentem intocáveis, inatingíveis. E o mais estarrecedor:

são defendidos de forma acirrada e “perdoados” por boa parte da

opinião pública.

E não é preciso citar nomes, porque esses fatos são de conhecimento

geral, saem em todas as manchetes, quase que diariamente. É

assustador, mas a verdade é que está se tornando rotina transformar

mulheres vítimas de violência dessas "celebridades" em culpadas por

antecipação, desqualificando-as pelo simples fato dos acusados

serem ricos e famosos. O sofrimento, a dor e a humilhação causados

por esses "ícones" se torna irrelevante para os cegos de plantão. O

machismo sempre se justifica por si só. A culpa é das feministas?

 

Não! A culpa, quando e se for comprovada, tem que ser sempre de

quem comete o crime. A Justiça tem que ser para todos.



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