DIA DA CRIANÇA, DIA DA LEITURA, DIA DE NOSSA SENHORA
Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 40 anos em 2020. Http://luizcarlosamorim.
Dia abençoado, este 12 de outubro, dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. Abençoado por ela, com certeza. Dia das Crianças, também. E Dia Nacional da Leitura. Feriado no Brasil, então não saí. Trabalhei na revista Escritores do Brasil, escrevi um bocadinho e falamos com o Rio, direto de Lisboa. Lá não é hoje o Dia da Criança, mas como o Rio é meio brasileiro, tínhamos que dar o parabéns para o nosso menino. Todos os dias são dele, são das crianças, mas dá uma vontade imensa de estar lá para dar um monte de abraços, apertar o neto, amassar um pouco, matar a saudade. Essa pandemia precisa acabar, pra gente se jogar de mala e cuia para ficar com ele. Aquele sorriso e aqueles olhos sorridentes fazem a gente esquecer da pandemia e tudo o mais, com toda aquela luz carregada de alegria que emana do Rio. Que bom que Rio existe, para tornar a vida da gente mais feliz.
Então, além do dia da Criança, é também o Dia Nacional da Leitura. Vamos - e não só hoje, mas todos os dias - ler para as nossas crianças menores, ler com as nossas crianças, incentivar o gosto pela leitura nas nossas crianças. Tem muito a ver criança com leitura. Tem tudo a ver. Dê de presente a sua companhia, para as suas crianças. Leia um livro com elas ou para elas.
E a politicagem continua no Brasil, comendo solta, cada vez pior. Já não basta a pandemia, o desemprego, a miséria, ainda querem taxar os livros em 12%. Atualmente, os livros não possuem essa taxa, pois o objetivo disso (quando proposto por Jorge Amado) era tornar o acesso à cultura mais fácil, possível para todos. Infelizmente, sabemos que esse acesso já não é tão fácil assim, mesmo sem a taxação. Se aprovado o Projeto de Lei, os livros irão se tornar mais caros e inacessíveis do que já são para grande parte da população. Afetando, assim, não somente os que têm apreço à leitura e à cultura, mas também os trabalhadores do mercado editorial. O consumo de livros já é completamente elitizado, imagine se esta proposta for aprovada e implantada . A média de leitura do brasileiro é de APENAS dois livros por ano e, mesmo assim, a reforma foi encaminhada. A cultura e a educação não têm vez mesmo, neste governo.