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Nelci Terezinha Seibel

nseibelterra.com.br

Nelci Terezinha Seibel (Volta ao Mundo)

Membro da Academia Joinvilense de Letras e

da Academia de Letras e Artes de São Francisco do Sul


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VOLTA AO MUNDO - 01.04.20. 90% do artesanato brasileiro é produzido por mulheres

Quarta, 01 de abril de 2020

 

 

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Artesãs do Poloprobio, que atuam com látex artesanal na Amazônia paraense

90% do artesanato brasileiro é produzido por mulheres

Artesãs desenvolvem seus trabalhos em todo País e têm a valorização e visibilidade das criações por meio de iniciativas como a Rede Artesol

No universo das comunidades artesanais brasileiras, 90% do segmento é formado por mulheres artesãs. Elas estão por todo o País, seja nas regiões periféricas, em comunidades rurais e até em comunidades indígenas amazônicas. A produção delas ganha visibilidade graças a um trabalho contínuo da Artesol, ONG criada há 20 anos para promover a inclusão social dos artesãos brasileiros.

Boa parte das profissionais apoiadas pela Artesol vivem em regiões com poucas oportunidades de trabalho, como é o caso de bordadeiras do Conjunto Habitacional Cingapura, em São Paulo; as rendeiras que vivem em cidades do agreste alagoano; as ceramistas do Vale de Jequitinhonha, em Minas Gerais; e outras comunidades tradicionais distantes dos grandes centros urbanos. As artesãs atuam na economia criativa para superar estigmas não apenas de gênero, mas também a baixa escolaridade e a falta de acesso a recursos econômicos.

Muitas são indígenas, quilombolas ou ribeirinhas que, por meio do artesanato, melhoraram sua qualidade de vida e autoestima e conseguiram proporcionar melhor educação - inclusive acesso ao ensino superior aos filhos. Em alguns casos, enfrentaram situações de violência doméstica e se organizaram coletivamente, assumindo a liderança de suas comunidades.

Conhecimento passado por geração

A partir de técnicas e saberes herdados de mães, avós e mestras artesãs de suas comunidades, elas criam produtos de moda, decoração e arte popular feitos com matérias-primas naturais, em geral típicas de sua região. Muitas peças desses grupos ganharam releituras a partir da interação com designers brasileiros, transitando entre referências ancestrais e uma estética contemporânea.

Há, por exemplo, as rendeiras do Cariri pernambucano que lançaram recentemente uma coleção de vestidos criada em parceria com o estilista Ronaldo Fraga . Através de um projeto de estímulo à produção da renda renascença, o estilista desenvolveu uma coleção com mais de 100 rendeiras usando a tradição com linguagem de moda e inspiração nas artes plásticas do estado. Outro exemplo são as peças de decoração das mulheres da Associação das Artesãs de São Gabriel da Cachoeira que desenvolveram peças como fruteiras e cestas de tucum através de um processo de cocriação com o designer Sérgio Matos.

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Artesã do Grupo Arte e Talentos que atuam com o trançado de buriti em Barreirinhas -- MA

Mapa do artesanato brasileiro

Por meio da iniciativa Rede Artesol é possível ter acesso a um "mapa do artesanato brasileiro" através da plataforma (artesol.org.br ) onde o público conhece a história das artesãs, seus processos criativos e seus produtos e podem comprar diretamente delas ou encontrar lojas em diversas cidades do país que comercializam seus produtos, praticando princípios do comércio justo.

No portal, as associações produtivas podem ser encontradas em um mapa georreferenciado ou filtradas por técnicas como cerâmica, bordados, tecelagem, entre outras. As integrantes desses grupos produtivos também recebem uma capacitação para que consigam comercializar seus produtos através das mais modernas ferramentas de comunicação.

A Rede Artesol

A Artesol, ONG criada há 20 anos pela antropóloga Ruth Cardoso para promover o artesanato brasileiro, está realizando em 2019 uma nova etapa do projeto Rede Artesol, dobrando o número de membros apoiados pela iniciativa, incluindo mestres, artistas populares e novas associações. A proposta é fortalecer a cadeia do artesanato no âmbito da economia criativa e ampliar o impacto do projeto que hoje já beneficia 120 núcleos de artesãos inseridos nessa rede batizada oficialmente de Rede Nacional do Artesanato Cultural Brasileiro. A Rede conta com o patrocínio da Vale e o apoio da Pernambucanas por meio da Lei de Incentivo à Cultura.

Para potencializar os negócios dos artesãos, o projeto contempla viagens a campo para uma capacitação focada em ferramentas de comunicação para melhorar as estratégias de comercialização dos grupos.

"Além do mapeamento no portal online, estamos muito felizes de ver a rede se materializar em inúmeras conexões, parcerias, pesquisas e negócios que devem se intensificar a partir da nova fase da iniciativa", afirma a coordenadora do projeto Josiane Masson.

Exemplo de conexões com mercado

Um dos grupos que integra a Rede Artesol é a Central Veredas, cooperativa que reúne cerca de 200 artesãos no noroeste de Minas Gerais. São nove diferentes grupos que atuam com técnicas como tecelagem manual e bordado, sendo que cada núcleo fica responsável por uma etapa do processo produtivo, um grupo faz a fiação, outro faz o tingimento natural dos fios com raízes e sementes do cerrado, outro grupo faz a tecelagem e outros fazem o bordado.

Depois de entrar para a Rede Artesol, a cooperativa já fez exportação para a França e recebeu encomendas dos Estados Unidos. Eles foram acionados também pela estilista Flávia Aranha (flaviaaranha.com ) para produzir as peças de uma coleção lançada na São Paulo Fashion Week em 2019.

http://www.artesol.org.br

http://www.facebook.com/ArtesanatoSolidario.Artesol/

http://www.instagram.com/artesol_oficial/

Tel: 11. 3185-9935 / 11. 98814-2237

 
 

Anexos

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Assinado acordo que revitalizará patrimônios históricos para uso turístico no Brasil

Em Portugal, ministro do Turismo assina protocolo de cooperação para recuperar prédios subutilizados

Recuperar patrimônios históricos e culturais para aproveitamento turístico e geração de emprego e renda no Brasil. Com esse objetivo, foi assinado nesta quinta-feira (12.03), em Portugal, o protocolo de cooperação entre o Ministério do Turismo do Brasil e do Ministério da Economia de Portugal. A medida permitirá a implementação do Programa Revive em solo brasileiro. O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, e a secretária de estado do Turismo de Portugal, Rita Marques, assinaram o documento em cerimônia realizada no Ministério da Economia de Portugal.

“Essa assinatura representa um marco na utilização dos patrimônios históricos brasileiros com a natureza turística”, comentou o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. Para ele, o sucesso do programa Revive em Portugal mostra que parceria e entre público e privado é um ótimo caminho para o setor turístico. “Queremos levar esse mesmo modelo para o Brasil a partir da assinatura do protocolo de cooperação. Esses patrimônios geralmente estão subutilizados, alguns degradados, pichados. E essa parceria que retrata muito bem o que deve ser feito com a iniciativa privada”, disse.

O ministro explicou, ainda, um pouco de como será a implantação do Revive em território brasileiro e reforçou que o objetivo final é beneficiar a população brasileira. “A concessão dos imóveis permitirá que eles possam ser utilizados comercialmente, por meio de hotéis e restaurantes, levando à restauração, conservação desses patrimônios e, também, aumentando o fluxo de turistas nesses locais. Com o objetivo final que é a geração de emprego e renda para a nossa população”, destacou.

O acordo tem validade de dois anos, sendo automaticamente renovado por sucessivos períodos também de dois anos. Não há nenhuma previsão de transferência de recursos entre as partes. O Protocolo em questão é parte da estratégia de internacionalização do Programa, pelo Governo de Portugal, o qual já desenvolve programas similares na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), como Moçambique e São Tomé e Príncipe.

A intenção é que os patrimônios hoje em estado de deterioração sejam recuperados pela iniciativa privada para utilização de parte do imóvel para empreendimentos turísticos como hotéis, restaurantes e outros atrativos. Para isso serão realizadas licitações para concessão dos espaços. “Devolveremos para a nossa sociedade importantes atrativos turísticos que ajudarão a impulsionar o turismo cultural em todo o território nacional”, completou o ministro.

O presidente do Iphan, Robson de Almeida, elogiou a parceria com o governo português, o que, para ele, vai além de permitir a preservação dos patrimônios do Brasil. “Um importantíssimo passo que o governo brasileiro dá. Mais do que a preservação do patrimônio, temos uma conjunção de esforços entre o público e o privado para que a gente tenha o patrimônio preservado, com benefícios para a população que mora nas cidades históricas e para quem as visita”, declarou.            

Para Rita Marques, secretaria de estado do Turismo de Portugal, este acordo vai fincar uma amizade econômica e cultural entre os países. “Trata-se de um sonho que se torna realidade. A relação com o Brasil é uma relação de longa data, mas, mais que a quantidade dos anos, é importante a qualidade dessa amizade. E é com muito prazer que estou aqui hoje para firmar um compromisso dos dois países em fazer avançar o Revive”, disse. “Fincamos o compromisso de avançarmos juntamente. Estamos entusiasmados com essa parceria e firmes no propósito de nos ajudar mutuamente”, concluiu.

PROJETO PILOTO – O governo português auxiliará o governo brasileiro na definição de um imóvel como projeto piloto para implementação do Programa Revive no Brasil. Farão parte do Programa as instituições brasileiras ligadas à gestão do patrimônio público e de preservação e valorização do património cultural brasileiro.

O próximo passo é a instituição de um Comitê Gestor que contará com representantes do Ministério do Turismo, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e da Secretaria de Patrimônio da União (SPU). Só então haverá a instituição do Programa e a definição do Piloto.

 



 

 

 



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