O meu tempo indeterminado,
Num sono que chega às profundezas,
Da necessidade constante,
De estar longe daquela inércia.
E adentrar o lugar só meu,
Abrindo as portas dos mistérios,
Retirando das imensas prateleiras,
O livro do poeta secreto.
Dar passos na história...
Folhear páginas embebecidas,
Pelo desejo que Devora,
O pedaço do meu juízo.
Nunca terminou os segundos,
A qual a vida é a liberdade,
E a morte a bela ansiedade,
De um verdade em comunhão.
Não julgo-te querida!
Pois sei bem o teu olhar,
Desprezados por tantos,
Mas, cujo significado vens nos dá!
Eu sempre te entendo...
Compreendo a sua navegação,
Pelos mares da saudade,
Devolvendo a terra que, consome,
O respirar de toda ilusão.
Não te revelas totalmente,
As vezes, podes não mostrar a face,
Porém, as palavras a sussurrar,
Traz de teus lábios, um pouco
Do que seria ao mundo poético,
Poder ter a gentileza de regressar.
És a passagem marcada,
Com marca texto do luar.
Enquanto vou repousando,
Nos poemas a se banharem,
Na cachoeira... escutando-a cantar.
Penso nas asas brilhantes,
Que deves esconder em si mesma!
Porque, acostumamos te reconhecer,
No ar fúnebre a qual andas,
De certa maneira a se esconder.
Não sois apresentada assim, e,
Se depender da paz em minha alma,
Escrever-te-ei como um pássaro,
Pousando de prontidão na janela.
Ricardo Oliveira