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No trânsito, a diferença entre ferir alguém ou matar está na velocidade

Quarta, 25 de setembro de 2019

No último dia da Semana Nacional de Trânsito, números sobre acidentes e mortes levam à reflexão
A frase do título é de um profissional de saúde responsável pela área de planejamento da Secretaria de Saúde de Jaraguá do Sul, Luís Fernando Medeiros. Mas o que o planejamento da Secretaria de Saúde tem a ver as causas de morte no trânsito de Jaraguá do Sul? Tem tudo a ver. Quando uma pessoa se acidenta no trânsito da cidade, o Samu ou os Bombeiros Voluntários, que recebem dinheiro do poder público, são chamados. Dependendo da gravidade, a pessoa é levada ao Hospital São José - que precisa de milhões de reais do poder público para manter sua atividade -, pode ficar internada, precisar de cirurgias e de várias intervenções da saúde pública. “Os milhões de reais que se gasta por ano com acidentes de transporte, considerados causas evitáveis, poderiam ser revertidos, por exemplo, no tratamento do câncer e em imunização contra surtos epidemiológicos”, cita Medeiros. E por que se chegou à conclusão de que a velocidade do veículo está diretamente ligada aos acidentes com morte no trânsito? Através do registro e estudo de cada caso, feito pelo setor de Planejamento da Secretaria de Saúde.
No último dia da Semana Nacional do Trânsito, que se encerra nesta quarta-feira (25), a Prefeitura de Jaraguá do Sul apresenta alguns dados relacionados às mortes por acidentes de transporte na cidade – cujo índice vem caindo significativamente nos últimos anos - e o que a Diretoria de Trânsito e agentes de trânsito como a Polícia Militar estão fazendo com relação ao assunto. De acordo com relatório levantado pela Secretaria de Saúde, em 1997 a taxa de mortalidade por acidente de transporte em Jaraguá do Sul era de 42,4 (número de mortes por acidente de transporte/ população total x 100 mil).Vinte anos depois, em 2017, baixou para 12,9. Ano passado ficou em 7,5. Mas, para Medeiros, nenhuma morte por acidente de trânsito é admissível, porque se trata de uma causa evitável. O principal fator envolvido, em se tratando de acidentes com morte, foi a alta velocidade. “Nesse quesito precisamos conscientizar os motoristas sobre a importância da gestão da velocidade. ‘Com que velocidade eu estou andando nas vias?’ ‘Com essa velocidade eu estou ameaçando a vida de ciclistas, pedestres ou motociclistas, que são as pessoas mais vulneráveis?’ Devemos nos perguntar ao sair de casa”, ressalta Medeiros.
O capitão Antonio Benda da Rocha, do 14º Batalhão de Polícia Militar, aponta a falta de atenção como principal causa das mortes de acidentes de trânsito registrada pela corporação, seguida da alta velocidade e da desobediência à sinalização de trânsito. Para conscientizar os motoristas sobre sua responsabilidade no trânsito, a PM realizou, no ano passado, 120 palestras em escolas e empresas, atingindo cerca de 4,5 mil pessoas. Realizou campanhas de publicidade em parceria com órgãos públicos, como a Prefeitura de Jaraguá do Sul. E neste ano, somente de janeiro a agosto, já realizou 18 mil autuações relacionadas ao trânsito. As campeãs, de acordo com o capitão, são relacionadas a estacionamento irregular no centro da cidade, em segundo o uso do celular, e em terceiro, em pleno século 21, a falta de uso do cinto de segurança. “Precisamos fomentar a reflexão sobre o trânsito cada vez mais. As aulas da autoescola, quando temos 18 anos, não estão nem perto de serem suficientes. Nós continuamos dirigindo por muito mais anos. É preciso ter consciência de que quando dirigimos um automóvel estamos transportando uma massa de metal capaz de causar uma catástrofe”, alerta Benda.
O respeito à sinalização de trânsito também é fundamental para evitar acidentes. Para isso, a Diretoria de Trânsito da Prefeitura de Jaraguá do Sul coloca nas ruas todos os dias dezenas de funcionários, efetivos e terceirizados, para instalação e manutenção da sinalização vertical e horizontal da cidade. “De janeiro a agosto deste ano foram 30 quilômetros de pintura de faixas no município e instalação de 300 placas de regulamentação e advertência. Mais dois mil tachões foram instalados no eixo das vias para redução de velocidade”, relata o diretor de Trânsito Gildo Andrade.
A Organização Mundial de Saúde aponta que são gastos anualmente, nos países em desenvolvimento, de 2 a 3% do PIB com despesas por acidente de transporte. Se contarmos com o PIB de Jaraguá do Sul, de R$ 7 bilhões anuais, o custo é de cerca de R$ 140 milhões por ano. Esse cálculo leva em conta todos os aspectos da despesa, como despesa do poder público, setor privado, seguros, trabalho e os gastos da família.
Confira abaixo os acidentes com morte ocorridos em Jaraguá em 2018

LOCAL DO ACIDENTE

MORTES

TIPO DO ACIDENTE

LOCAL ÓBITO

SEXO

IDADE

RUA EURICO DUWE (RIO DA LUZ)

3

MOTO x POSTE

HOSPITAL

MASCULINO

25

CARRO x POSTE

NO LOCAL

MASCULINO

24

CARRO x ÁRVORE

NO LOCAL

MASCULINO

31

BR 280 NEREU RAMOS (2)

 

BR 280 CHICO DE PAULO (1)

3

MOTO x MOTO

NO LOCAL

MASCULINO

31

NO LOCAL

MASCULINO

31 (CORUPÁ)

MOTO x CARRO

NO LOCAL

FEMININO

36

RUA ANTONIO CARLOS FERREIRA – VILA LENZI

1

MOTO x CICLISTA

NO LOCAL

MASCULINO

66

RUA CORONEL PROCÓPIO GOMES – PONTE TAVARES SOBRINHO

1

QUEDA CARRO

NO RIO

NO LOCAL

MASCULINO

20

RUA 25 DE JULHO – VILA NOVA

1

CARRO x POSTE

HOSPITAL

MASCULINO

29

R. PREFEITO JOSÉ BAUER – TRÊS RIOS DO SUL

1

CARRO x CARRO

NO LOCAL

FEMININO

81

R. J. FRANCISCO DE PAULO - CHICO DE PAULO

1

MOTO x CARRO

HOSPITAL

MASCULINO

51

RUA WALDEMAR GUMS – SANTA LUZIA

1

CARRO x POSTE

NO LOCAL

MASCULINO

41

R. LEODATO JOSÉ GARCIA – RIBEIRÃO CAVALO

1

BICICLETA x ONÍBUS

HOSPITAL

MASCULINO

82

RUA ANGELO SCHIOCHET - CENTRO

1

MOTO X CAMINHÃO

HOSPITAL

MASCULINO

59



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