Penso que a aprendizagem começa no útero materno e, depois do nascimento, após tenros anos, a criança já ingressa na escola sendo "educada" com a aprendizagem formal, o estudo. Defendo educação em tempo integral, pois na escola a criança pode praticar esportes, pode se alimentar direito, enfim, pode encontrar um ambiente melhor do que na ociosidade doméstica. É um espaço de socialização também. O grande problema do horário de tempo escolar integral é que o investimento dobra. Mas o retorno é garantido.
Penso que um grande Projeto de Lei que os deputados federais poderiam propor seria a Lei de Responsabilidade Educacional. A exemplo da Lei de Responsabilidade Fiscal. Metas ousadas precisam ser firmadas. E prefeito, governador e presidente da República que não as alcançasse deveriam ser punidos com a inelegibilidade, com sanções administrativas, civis, penais e políticas. Parece-me que tramitam no Congresso Nacional propostas de lei querendo incrementar a grade com mais 250 disciplinas. Claro que não há espaço para tudo isto. Mas o ingresso da música foi um passo importante. Penso ainda que deveríamos resgatar o grego e o latim. É com educação que se faz um país e não é à toa que as duas melhores universidades do mundo, Harvard e Cambridge, ficam em países anglófonos e ricos, respectivamente Estados Unidos da América e Inglaterra.
É lamentável a imunidade avaliativa que aprova aluno independente de seu resultado. Aprovar quem não faz jus à aprovação é incentivar ainda mais o desinteresse que vemos por aí, a desídia de muitos alunos que irão se tornar cada vez mais contumazes na preguiça. Deveria, sim, se estabelecer meta de reprovação zero. Mas o aluno que tivesse mal desempenho deveria cursar horas complementares para recuperar o tempo perdido. O país dos nossos sonhos começa com a educação dos nossos sonhos.
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