SALÃO DE ARTES REUNIU 97 EXPOSITORES

"Negra", de Dagomar Hermógenes (Reprodução/Divulgação)

Muitos adornos natalinos entre as obras expostas (Foto Elvis Lozeiko/Evolução)

Vencedora do concurso fotográfico, Regiane Andrade recebe a premiação das mãos do chefe de gabinete da prefeitura, Cláudio Schultz (Foto Elvis Lozeiko/Evolução)

1º lugar - Solo Sagrado (Regiane Andrade/Divulgação)

2º lugar - Efeitos do Tempo (César Augusto de Oliveira/Divulgação)

3º lugar - Igreja de Rio Natal (Elvis Lozeiko/Divulgação)

4º lugar - Cidade Encantada (Regiane Andrade/Divulgação)

5º lugar - Estrada Dona Francisca (Elvis Lozeiko/Divulgação)

6º lugar - Pela Estrada a Fora (Christian Radoll da Silva/Divulgação)

7º lugar - Igreja Matriz (Jhoni Olinger dos Santos/Divulgação)

8º lugar - Igreja Matriz (Edson Figueiredo/Divulgação)

9º lugar - Passeio da Maria Fumaça na Serra do Mar (Isaura Zaleski Piontkewicz/Divulgação)

10º lugar - Coreto da Alegria (Samuel de Lacerda Hantschel/Divulgação)

11º lugar - São Bento do Sul e sua Beleza (Adriana Peixer/Divulgação)

12º lugar - Manhã de Inverno (Katia Cristina Lobermayer Junkton/Divulgação)

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São Bento – Foi realizado na Sociedade Desportiva Bandeirantes, o Salão de Artes e Artesanato de São Bento do Sul, em sua 15ª edição - até então evento denominado Mostra de Artes e Artesanato. A abertura foi realizada na quarta-feira 17, com discursos oficiais, homenagem ao artesão Otmar Schmitt, revelação do resultado do concurso fotográfico "São Bento do Sul: Belezas e Encantos" - com premiação simbólica dos vencedores - e coquetel, além de apresentação do grupo "Primeiro Choro". O Salão de Artes, realização da prefeitura e da Fundação Cultural, contou neste ano com 97 expositores "revelando desde a ousadia do jovem à segurança do mais experiente", conforme cerimonial. Inúmeras peças estiveram à venda e outras apenas expostas - trabalhos como telas, velas, mosaicos em madeira, entalhes, tapeçaria, porcelanas, etc.

MARCENEIRO, ESCULTOR E MÚSICO
O marceneiro, escultor e músico Otmar Schmitt, nascido em agosto de 1920, em Blankenburg, Alemanha, aos 15 anos iniciou suas atividades na marcenaria - e logo depois com escultura, trabalho interrompido por conta da Segunda Guerra Mundial. No Exército, foi treinado para trabalhar com metais leves, na fabricação de asas e superfícies aerodinâmicas para aviões. Terminado o conflito, trabalhou no serviço de Assistência Social e em uma fábrica de vitrolas. Quando quis montar sua própria oficina, o Ministério da Indústria alemã negou a autorização, alegando que ele não tinha certificado de mestre. Então decidiu sair do seu país, chegando em São Paulo/SP e posteriormente em Curitiba/PR - onde morava sua cunhada -, em 1953.

Um ano depois, em 1954, em viagem de passeio, Otmar Schmitt acompanhou sua esposa em uma visita a um primo dela em São Bento do Sul. O artista ainda retornou a São Paulo e, novamente, a São Bento - isso em 1979 -, onde formou o Conjunto de Cítaras da cidade, do qual nasceu o Conjunto de Cítaras do Brasil. Materiais de parte dessa trajetória (inclusive instrumentos fabricados por ele) podem ser encontrados no Museu Municipal Felippe Maria Wolff, de São Bento do Sul. Na abertura do Salão de Artes, nesta quarta-feira, Otmar recebeu uma placa de homenagem através das mãos da também artista Isabel de Lacerda Hantschel, integrante do Conselho Municipal de Cultura. "Beli-nha", como é mais conhecida, inclusive tocou violão no Conjunto de Cítaras do município.

CHORINHO
O grupo "Primeiro Choro", outra atração da noite de abertura do evento, é uma iniciativa do professor Edson Figueiredo, da Escola de Música Donaldo Ritzmann. Edson, que toca bandolim, reuniu alguns dos seus alunos para formar o primeiro grupo do gênero em São Bento do Sul - formado também por Aparecido Vasconcelos (violão), Maikel Wernke (pandeiro), Givanildo Souza (cavaco) e Robson Cabral (violão de sete cordas). No repertório, claro, os clássicos do chorinho, executados durante a primeira noite do Salão de Artes e Artesanato de São Bento do Sul.

FOTOGRAFIAS EXPOSTAS
Em setembro e outubro, a Fundação Cultural e os departamentos de Turismo e de Comunicação Social da prefeitura promoveram o concurso cultural "São Bento do Sul: Belezas e Encantos", que recebeu 242 fotografias inscritas. "As fotos foram julgadas obedecendo critérios como originalidade, criatividade, beleza, qualidade e caráter histórico", informou a mestre de cerimônia Ivana Lampe, também diretora da Fundação Cultural são-bentense. Doze trabalhos foram selecionados pela comissão julgadora, formada por autoridades e profissionais da área. A foto vencedora foi "Solo Sagrado", de Regiane Andrade, retratando a Igreja Matriz Puríssimo Coração de Maria. Os demais vencedores estão relacionados no quadro "As imagens premiadas". As fotos serão divulgadas em uma exposição itinerante – ainda sem maiores da Assessoria de Comunicação da prefeitura, uma das organizadoras do concurso. A vencedora do concurso recebeu um prêmio de R$ 2 mil. O segundo colocado recebeu R$ 1 mil. E o terceiro, R$ 500,00. Do 4º ao 12º lugares, o prêmio foi de R$ 100,00 para cada.