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No Mundo da Lua - Sônia Pillon


Sônia Pillon nasceu em Porto Alegre e desde 1996 reside em Jaraguá do Sul. 

Formada em Jornalismo pela PUC-RS e pós-graduada em Produção de Texto pela Univille, atuou como repórter, editora, redatora e assessora de imprensa,  no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Por mais de 10 anos trabalhou no jornal A Notícia.   

É autora de “Crônicas de Maria e outras tantas – Um olhar sobre Jaraguá do Sul” e “Encontro com a paz e outros contos budistas”, com participação em antologias de contos, crônicas e poesias.

Publica também no blog soniapillon.blogspot.com e na fanpage "Sônia Pillon Escritora". É Presidente de Honra da Seccional Jaraguá do Sul da Academia de Letras do Brasil de Santa Catarina (ALBSC).

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A civilidade e o respeito perdidos


A civilidade e o respeito perdidos

Sônia Pillon

 

Bom dia! Boa tarde! Boa noite! Muito obrigado, com licença, me desculpe, por favor, disponha...  São palavras que todos conhecem, essenciais para uma convivência civilizada, porém, infelizmente, “caíram em desuso”. E como fazem falta! A regra virou exceção e motivo de crítica, de deboche, como se o fato de alguém ser educado fosse uma afronta aos que se vangloriam em serem rudes e grosseiros. Ser mal-educado virou sinônimo de “personalidade”, de competitividade. Passar por cima de tudo e de todos é inadmissível, mas é o que mais vemos hoje. A ordem do dia passou a ser vencer a qualquer custo, mesmo sem razão, muito menos merecimento. Meritocracia, cadê você?

Em um mundo marcado pela intolerância, pelo ódio irracional e pela polarização, dialogar e argumentar são verbos que muitos já baniram do vocabulário. Cadê o equilíbrio e o bom senso? Alguém os viu andando por aí?

Sem querer generalizar, mas especialmente na última década, se tornou lugar comum “terceirizar” a educação dos filhos para a escola, que passou a receber estudantes sem o mínimo respeito pela instituição de ensino a que fazem parte, muito menos pelos professores e colegas. Já se foi o tempo em que deixar os filhos na escola era sinônimo de segurança. Não por acaso, entre os pais que são conscientes e cuidadosos na criação dos filhos, é crescente o movimento dos que defendem o homeschooling, ou ensino domiciliar, sistema consolidado em vários países. Faz sentido, considerando a precariedade do ensino no país, a falta de infraestrutura, e principalmente a violência, que tomou proporções assustadoras no ambiente escolar. A tragédia que aconteceu em Suzano está virando rotina no Brasil.

Os pais sempre correndo atrás dos bens materiais, mais preocupados com o “ter” do que com o “ser”, deixaram de repassar valores essenciais para uma convivência harmoniosa, como ética, respeito aos mais velhos e às diferenças, à hierarquia. Muitos mimam os filhos sem ensiná-los a lidar com frustrações e a receberem “não”. O resultado disso aparece anos depois, nos relacionamentos que passarão a ter, ao longo da vida.

No ambiente corporativo, é comum vermos jovens recém-formados e até estagiários adotarem uma postura arrogante com os veteranos, como se nada mais tivessem que aprender a não ser com eles mesmos, supostamente por dominarem os meandros da web e da computação. Esquecem que os avanços tecnológicos que usufruímos hoje foram criados pelas gerações que o antecederam. A perda da sensibilidade, o egocentrismo, a competitividade predatória, a gana de escalar cargos a qualquer custo, é o que mais se vê nos dias atuais.

É urgente resgatar a civilidade e o respeito perdidos. Antes que o caos se instale. Antes que seja tarde demais.



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