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Guia dos Bancos Responsáveis 2018 aponta falhas em políticas dos principais bancos brasileiros

Sexta, 23 de novembro de 2018

O Idec, ONG de Defesa do Consumidor, lança nesta quinta-feira (22) a edição 2018 do Guia dos Bancos Responsáveis (GBR). O estudo, que já foi feito em outros oito países e chega a sua 7ª edição no Brasil, avalia as políticas e práticas dos bancos em 18 temas de interesse da sociedade, relacionados aos consumidores, meio ambiente e economia.   Atualmente, mais de 140 milhões de brasileiros utilizam o banco para receber salário, movimentar dinheiro, fazer investimentos ou empréstimos. Os bancos, por sua vez, são remunerados de várias formas: principalmente pelas tarifas, juros e serviços. O dinheiro que fica “guardado” no banco é repassado por meio de empréstimos para terceiros. Mas quem são esses terceiros? E se, indiretamente, esse dinheiro estiver financiando guerras ou o desmatamento das florestas?   Para dar este tipo de informação ao consumidor, o Idec, por meio do GBR 2018, analisou as políticas de nove bancos: Banco do Brasil, Bradesco, BNDES, BTG Pactual, Caixa Econômica Federal, Itaú, Safra, Santander e Votorantim.   Cada um deles foi avaliado, com notas de 0 a 10, em 18 itens divididos em três grupos: temas transversais, no qual entram mudanças climáticas, corrupção, igualdade de gênero, direitos humanos, direitos trabalhistas, meio ambiente e impostos. Temas setoriais, como armas, alimentos, florestas, setor imobiliário e habitação, mineração, óleo e gás e geração de energia; e também em 4 temas operacionais, que são direitos do consumidor, transparência e prestação de contas, inclusão financeira e remuneração.   “O GBR é um instrumento importante para o consumidor saber, por exemplo, se o banco com o qual trabalha é transparente, respeita os consumidores e promove ideias que estejam de acordo com ele. Queremos dar para cada pessoa o poder da informação, e assim, aumentar a sua capacidade de fazer escolhas”, afirma a economista do Idec, Ione Amorim, responsável pelo estudo.   O resultados do estudo mostra os bancos com um desempenho fraco. Em três temas (direitos trabalhistas, meio ambiente e inclusão financeira), as notas são satisfatórias, mas isso se deve principalmente à legislação brasileira, que nesses assuntos força que as instituições adotem políticas mais rígidas. Contudo, os resultados ruins nos outros 15 temas, principalmente “Armas”, “Mudanças Climáticas” e “Setor Imobiliário”, derrubaram a nota final, que ficou entre 2 e 4,3. Veja a média de cada banco na tabela ao lado:   Os piores resultados foram no tema ”Armas”. O item avalia o financiamento ou investimento em empresas envolvidas na produção, manutenção e distribuição de minas terrestres, munições de fragmentação e armas biológicas, químicas ou nucleares. Com exceção do Santander e do Safra, todos os bancos avaliados ficaram com nota 0, por não apresentarem nenhuma política sobre o tema. Veja no site.   Pela primeira vez, o guia incluiu o tema “Igualdade de Gênero”, que leva em consideração as políticas para igualdade salarial, assédio e representatividade das mulheres em altos cargos administrativos, dentre outros. A maior nota foi 2,4, o que mostra que as políticas dessas instituições estão ainda muito aquém do esperado. As notas em todos items, assim como as avaliações de cada banco, estão disponíveis no site www.gbr.org.br .   Quem não gostar da conduta do banco, pode reclamar. O site do GBR permite o envio de mensagens de satisfação ou insatisfação para os canais de reclamação de cada instituição, incentivando os bancos a tornarem suas práticas mais transparentes.   Sobre o Guia dos Bancos Responsáveis   Desde 2014, o GBR faz parte do Fair Finance Guide International (FFGI), que reúne organizações da sociedade civil em 11 países com o objetivo de responsabilizar as instituições financeiras pelos impactos de seus investimentos e serviços financeiros na sociedade e na natureza. No Brasil, também fazem parte da coalizão a Conectas Direitos Humanos o Instituto Sou da Paz.   Dos onze países que fazem parte do programa, nove deles já realizaram a mesma pesquisa com suas instituições financeiras. No ranking geral, formado pelas médias de todos os bancos analisados em cada país, o Brasil ocupa a 7° posição, à frente do Japão e da Indonésia, mas suas notas o colocam ao lado desses dois países no bloco de baixo da tabela. Veja ao lado as notas médias dos bancos avaliados em todos os países do FFGI.



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Paulo A A Godoy


Comentário:

Assim como o ministro da Economia de Bolsonaro, Rubem Novaes defendeu a privatização do banco GP Guilherme Peixoto25/07/2020 07:00 - atualizado 24/07/2020 22:07

O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, que pediu demissão do cargo nessa sexta-feira (23/7)
(foto: Marcos Corrêa/PR)
O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, participou da reunião ministerial de 22 abril. Durante a ocasião, o ministro da Economia, Paulo Guedes, manifestou o desejo de privatizar a instituição. Embora a fala de Guedes — que conta, inclusive, com um palavrão — é que tenha ganhado as manchetes, Novaes também sinaliza positivamente à venda do BB.
Em determinado ponto da conversa, Novaes começa a discorrer sobre a expansão dos empréstimos concedidos pelo banco. A explanação, contudo, é interrompida pelo ministro, que pede ao presidente da instituição que confesse seu “sonho”.
20:29 - 24/07/2020
Disputa pela presidência do Banco do Brasil já começou
19:05 - 24/07/2020
Presidente do Banco do Brasil entrega carta de renúncia a Bolsonaro e Guedes
Tags: #reunião #banco do brasil #bb
A transcrição dos diálogos, feita pela Polícia Federal, dá a entender que o “sonho” de Novaes é a venda do Banco do Brasil. É aí que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) faz uma interrupção: “Faz assim: só em vinte e três cê (sic) confessa, agora não”.
Em seguida, Novaes retoma o tema, dizendo que o BB “estaria pronto” para a privatização. “Em relação à privatização, acho que fica claro que, com o BNDES cuidando do desenvolvimento e com a Caixa cuidando da área social, o Banco do Brasil estaria pronto para um programa de privatização, né?”, sustenta.
A conversa prossegue com Bolsonaro reiterando que a questão só deve ser debatida em 2023. A próxima eleição presidencial, vale lembrar, está marcada para ocorrer um ano antes.



O palavrão de Guedes
Antes de Novaes abordar o tal “sonho”, ele havia sido perguntado por Bolsonaro sobre o fato de não se manifestar durante a reunião. “....

Responder      27/07/2020

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